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Após lutar contra um tipo de câncer raro, descoberto em 2022, morreu nesta sexta-feira (26), aos 51 anos, o cantor, compositor e produtor musical Anderson Leonardo, uma das principais vozes do pagode.
Dono de um timbre diferenciado e ao som do seu cavaquinho potente, Anderson levou para todos os cantos do país o nome do grupo Molejo, que incluía crianças na sua legião de fãs, atraídas por músicas irreverentes e divertidas.
Comandado pelo vocalista, o Molejo iniciou carreira na década de 1980, e virou referência no pagode dos anos seguintes, sendo considerado até hoje um dos principais grupos do gênero musical.
Em 2006, para celebrar os mais de 30 anos de carreira, o grupo lançou o álbum “Molejo Club”, apostando na modernização de suas músicas, ao mesmo tempo em que mantinha o repertório clássico de alto-astral.
Em entrevista à Rádio Nacional, em setembro de 2022, Anderson falou sobre o trabalho realizado e resgatou lembranças do início da carreira.
“Quando a gente começou, a gente não pensava em ser artista. A gente queria era estar sempre feliz tocando. A gente nem pensava, caraca, a gente vai ser famoso, a gente vai ganhar dinheiro. Era aquela coisa muito assim, muito gostosa, muito gostosa, muito maravilhosa”.
Anderson nasceu na Abolição, subúrbio do Rio de Janeiro, e teve contato com a música desde criança, especialmente devido à influência do pai, o produtor musical Bira Haway.
Em consequência do câncer inguinal, tumor que se manifesta na região da virilha, seu estado foi se agravando, nas últimas semanas. E chegou a ser considerado “gravíssimo” nesta sexta-feira, pela equipe do Hospital Unimed, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste carioca, onde ele estava internado em UTI.
Ele deixa quatro filhos: Leozinho, cantor como o pai; Alessa Crystine, Rafael Phelipe e Alice.