A reviravolta na vida do deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP), após a chegada no Brasil não é das melhores.
A ida à Ucrânia com o intuito de ajudar toda a população contra a guerra que se instaurou naquela região, causou polêmica quando postou uma foto cercado de materiais que, segundo ele, seriam para a produção de Coquetéis Molotov para o Exército Ucraniano.
Porém, o ápice da reviravolta aconteceu quando áudios enviados pelo “Mamãe Falei” vazaram.
Após a divulgação de um dos áudios em que o parlamentar diz que mulheres ucranianas são “fáceis, porque são pobres”, a então namorada do parlamentar, Giulia Blagitz, anunciou o fim do relacionamento deles nas redes sociais. Ela publicou :”Em respeito a todos os meus seguidores que também seguiam o Arhur gostaria de deixar claro que seguiremos caminhos distintos. Infelizmente a vida é imprevisível e muitas vezes nos leva por caminhos que não compreendemos. Mas de uma coisa podemos ter certeza: o amor foi real e sempre será”.
O MBL divulgou uma nota oficial repudiando o teor dos áudios, lamentando o mal-estar causado e pedindo desculpas. Citou também que, aos aproveitadores, lulistas e bolsonaristas, nada impedirá de continuar com o trabalho em prol da terceira via.
Kim Kataguiri se pronuncia acerca dos áudios vazados do Arthur do Val
O deputado federal Kim Kataguiri (PODEMOS), publicou um vídeo em rede social dizendo: “São odiosos, injustificáveis e inexplicáveis os áudios de Arthur do Val. Eu repudio veementemente tudo aquilo que foi dito, assim como a nota oficial do Movimento Brasil Livre fez. Lamento tudo que tenha acontecido. Lamento que ele tenha dito isso. Lamento toda essa história. Como medida para se redimir com todas as mulheres que se sentiram ofendidas e também para não atrapalhar o projeto da terceira via, nós decidimos retirar a pré candidatura dele para o Governo do Estado. Mas, ainda assim, um ponto precisa ficar muito claro. Ele não assediou ninguém e não foi lá para assediar ninguém. No próprio áudio ele diz que não teve relacionamento com ninguém. Então as acusações de que ele teria feito turismo sexual, de que ele teria explorado, assediado qualquer refugiada é falso. Ele precisa ser julgado por aquilo que ele disse, não por aquilo que ele não disse. E, para além disso, também nós não podemos ignorar todo o trabalho que foi feito por ele e pelo Renan na Ucrânia de arrecadar para os refugiados, de trabalhar como motorista para os refugiados, de conseguir todos os suprimentos e, enfim, de todo histórico e todo o mandato do Arthur do Val, com mandato econômico e ao mandato que aprovou projetos importantes para o Estado de São Paulo. Esse episódio infeliz não pode apagar toda a história do Arthur, não pode apagar toda a história do Movimento Brasil Livre. É um episódio que eu lamento, é um episódio que eu repudio. Jamais utilizaria aquelas palavras em nenhum contexto, em nenhuma ocasião e espero que esse episódio, esse acontecimento sirva de aprendizado para o Arthur crescer enquanto pessoa, amadurecer enquanto pessoa. É isso.”
Quinze deputados estaduais assinaram uma representação contra o deputado conhecido como “Mamãe Falei” protocolada na Assembleia Legislativa de São Paulo neste domingo (6). A representação requer que o parlamentar seja investigado por cometimento de ato de quebra de decoro parlamentar e responda a um processo disciplinar. A pena aplicada deverá ser a perda do mandato parlamentar.
Arthur do Val, já no Brasil, reconheceu seu erro e assumiu que as falas foram machistas e sexistas. Disse não é isso que ele pensa e pediu compreensão de todos, pois há um mal-entendido.
Foto: Divulgação/ Alesp