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A partir desta segunda-feira (4), a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) libera para o tráfego de motos o trecho da faixa azul na avenida Brigadeiro Faria, Lima, na região de Pinheiros, zona oeste de São Paulo.
A sinalização no asfalto exclusiva para motocicletas será entre a avenida Pedroso de Moraes e a rua Michel Milan, em ambos os sentidos, totalizando 9,2 km.
De acordo com a CET, circulam cerca de 8.000 motocicletas por dia neste trecho da avenida.
Ainda nesta segunda, também serão entregues faixas azuis nas avenidas Luiz Dumont Villares (3,6 km) e Zaki Narchi (5 km), ambas na zona norte.
De acordo com a prefeitura, a cidade conta atualmente com 60,7 km de faixas azuis. A meta é totalizar 200 km até o fim do ano que vem.
A faixa exclusiva para motos é uma das vitrines da gestão Ricardo Nunes (MDB). A prefeitura diz que houve redução no número de mortes de motociclistas nas vias onde a medida foi implementada. Dados de monitoramento dos corredores da 23 de Maio e da Bandeirantes, as primeiras a ganharem a sinalização, mostram que não foram registrados óbitos em ambas as avenidas desde que receberam a sinalização.
Os novos trechos estão sendo feitos depois de a Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito), ligada ao Ministério dos Transportes, autorizar a instalação da faixa azul em mais dez avenidas da capital
A autorização para ampliação do projeto foi dada depois de prefeitura perder um prazo para instalar as faixas nas avenidas Santos Dumont, Tiradentes e Prestes Maia e na avenida Rubem Berta. O pedido de ampliação do prazo para esses corredores ficou mais de um mês em análise na secretaria nacional.
Como regra para a autorização, a CET precisa enviar a cada trimestre um relatório detalhado sobre o uso dessas vias. A companhia municipal deve informar a quantidade de acidentes, feridos e mortos por mês, antes e depois da instalação da faixas.
A secretaria nacional também exige informes sobre o volume médio de veículos nas vias (por categoria de veículo), a velocidade operacional em cada faixa dos trechos com a nova sinalização e um relatório detalhado sobre o comportamento do tráfego em faixas com larguras diferentes.
Ao final do período de um ano, a CET deve elaborar um documento com análises e conclusões sobre a experiência. Se a companhia não cumprir as exigências, o órgão federal por deixar de renovar as autorização e, em um caso grave, até revogá-las.
A prefeitura estima 1,3 milhão de motos em circulação na cidade. Segundo a companhia municipal, instalar a faixa azul custa R$ 150 mil por quilômetro, quando é necessária apenas a mudança na sinalização.