O álbum ‘Reexistir’, de autoria da banda ‘Fenix e as Cinzas’ lançado oficialmente hoje, 3 de março, com lançamento do clipe oficial no dia 9. A banda de rock jacareiense pretende supreender com um som recheado de significados. O grupo se apresenta gratuitamente na Sala Mário Lago, no centro de Jacareí, no sábado (11), às 19h30. Abaixo você confere mais detalhes sobre o novo álbum e sobre a banda!
O álbum é dividido em duas partes. Nos primeiros 20 minutos, que vão da primeira até a sexta faixa, as músicas abordam temas políticos, atuais e recorrentes tanto na sociedade brasileira como em outras sociedades do ocidente. Já na segunda parte, que inicia na sétima faixa, as músicas trazem temas que questionam a introspecção, trazendo a reflexão sobre solidão, isolamento imposto, anulação e a esperança de dias melhores, mesmo nadando contra a correnteza.
PARTE I – Reexistir – Fenix e as Cinzas
Emergência – Retrata o início do estado de emergência iniciado em março de 2020, o quanto não adiantou uma calamidade pública em escala mundial para alguns indivíduos da sociedade não terem mudado em nada suas formas de pensar e agir em relação ao próximo.
Caos/Isolado – Traz duras críticas políticas aos governantes que utilizam de suas posições para praticar corrupção e violações que eles mesmos se dizem contrários.
Canção do Ódio – É a aceitação do caos e do medo, tendo como fio condutor a história da obra literária, 1984, do escritor britânico George Orwell.
Sem Cura – É um questionamento sobre a quarentena, sobre o isolamento social vivido em 2020 e 2021 e sobre o descaso de como a vida é tratada pelas autoridades.
Vaccinum – Fala sobre a corrida pelas vacinas que aconteceu de 2020 a 2021, sobre o negacionismo da ciência e sobre os anti-vax.
Sadista – É o ápice da revolta, traz em sua letra fortes críticas aos governos ditadores e antidemocráticos, finalizando a temática política do álbum.
PARTE II – Reexistir – Fenix e as Cinzas
Dissentimento – Traz o questionamento sobre se os problemas em nossas vidas são causados por nós mesmos e se mudássemos nossas formas de viver isso seria determinante para as mudanças (que às vezes nem sabemos quais são) necessárias para viver em harmonia. Fala de como guardamos e escondemos opiniões e divergências de ideias dentro de nós mesmos, para privar do sofrimento e da discussão tanto as pessoas ao redor quanto a si próprio. Porém, deixando uma dúvida no ar, se é bom ou ruim mudar o jeito de lidar com as frustrações.
Anulado – Descreve momentos de confinamento e isolamento social, com ou sem pandemias. Fala de como há pessoas que se escondem de si mesmas e acabam ficando isoladas pelo próprio egoísmo ou pelo medo de sempre ter que ser aceito. Em paralelo também retrata a cultura do cancelamento.
Dreaming Deep – Primeira faixa escrita em inglês. Essa música traz um pouco de esperança em um futuro melhor. O imaginário do céu e inferno e as escolhas tomadas na vida que dão o caminho a ser seguido.
Swin Upstream – Segunda faixa escrita em inglês. Também traz um fio de esperança mantendo uma fé utópica em dias melhores, porém nadando contra a corrente, desviando das massas.
Confira a participação do guitarrista e vocalista Fênix no Bom Dia Jacareí
Sobre a banda Fenix e as Cinzas
Após passar 10 anos à frente da banda Infraaudio, tendo lançado, 4 EPs, 1 álbum, 1 DVD, alguns videoclipes e feito diversos shows na região sudeste do país, Felipe Fenix se vê desolado musicalmente em meio à crise da pandemia do Corona Vírus, e resolve montar seu projeto solo. Seguindo os acontecimentos atuais, as composições começam a surgir livremente e ao fim de agosto de 2020, Fenix percebeu que possuía músicas suficientes que poderiam ser trabalhadas e transformadas em um registro fonográfico. Nasce então o projeto Fenix e As Cinzas, que conta com Felipe nos vocais, guitarra e composições, Gabe Halencar no contrabaixo e voz e Rodrigo Leal na bateria.
Felipe Fenix traz através das músicas suas principais influências sonoras que vão dos estudos do experimentalismo em pedais de efeitos e afinações dissonantes nas guitarras, passando pelo pós-punk, noise rock e a música pop, culminando em rock alternativo em nível internacional. As músicas carregam uma abordagem objetiva, poética e densa. As composições apontam para um tom de questionamento com o conceito principal do confinamento, do isolamento com ou sem epidemias e críticas às instituições e a política de forma geral. Felipe aborda também o egocentrismo humano do século XXI e o renascimento da existência após períodos de caos.
O projeto solo de Felipe Fenix evidencia o rock alternativo, tendo como princípio referências de bandas que mais o influenciaram na maneira de tocar guitarra e cantar. Sonic Youth, Pixies, Dinosaur Jr, The Cure, A Place To Bury Strangers, Violeta de Outono, Pinups e Second Come são a fonte inspiradora da banda Fenix e As Cinzas. Com letras cantadas em português e inglês, empurradas por guitarra, baixo e bateria, culminam em mantras distorcidos e espaciais que se tornam o som de uma alma em catarse tentando sair de um pesadelo.
Fenix e As Cinzas é indie rock, noise rock, post-punk, post-rock, alternative rock direto das décadas de 80 e 90, ultrapassando o tempo e eternizando a cultura de uma época.
Show gratuito no sábado (11) – Sala Mário Lago em Jacareí
Endereço: R. Barão de Jacareí, 122 – Centro, Jacareí – SP, 12300-000
Fotos: Divulgação/ Fenix e as Cinzas