Nesta quinta-feira (12), a bebê Ágatha, que estava internada no Hospital São Francisco de Assis, situado em Jacareí, morreu. A bebê ficou conhecida pelo caso onde seus pés foram gravemente queimados por um aparelho de aquecimento do hospital jacareiense. Segundo informa o centro médico, a morte da criança não tem ligação com os ferimentos.
Confira a nota do Hospital São Francisco:
“A Associação Casa Fonte da Vida, mantenedora do Hospital São Francisco de Assis, vem através desta informar que devido a gravidade de sua condição clínica inicial associada a síndrome genética e comorbidades graves desde sua internação em 26/10/2022, a paciente A.O.G. evoluiu infelizmente para óbito na data de ontem, 12/01/2023, evoluindo para disfunção de múltiplos órgãos com incremento de drogas vasoativas, que apesar de todos os recursos terapêuticos empregados não se logrou êxito em sua recuperação.
Salientamos que não há qualquer relação do óbito ao evento que causou a lesão em pé esquerdo, a qual se apresentava com boa evolução e em processo final de cicatrização (90%)”.
O caso da bebê Ágatha
Enquanto estava internada no hospital São Francisco, em Jacareí, um bebê sofreu graves queimaduras nos pés, causadas por um aquecedor. Segundo a família, que está acusando os profissionais do hospital de negligência, a criança foi exposta a um aquecedor durante três horas.
Conforme informações, o caso teria acontecido no último sábado (31), porém, se tornou de conhecimento para os familiares no dia (1º). A vítima é uma bebê de sete meses, portadora da síndrome de Edwards, que causa danos no desenvolvimento físico e mental.
O casal Welker Gomes da Silva e Adrieli Oliveira Araújo, pais da menina, explicaram ao G1 que a filha estava internada há dois meses. O incidente foi um choque para os pais.
“Chegamos no hospital no domingo (1º), por volta de 12h40, para ver nossa filha. Eu fiquei no carro e a Adrieli entrou, passou pouco tempo ela saiu chorando, contando o que tinha acontecido, que a Agatha estava com uma grande queimadura no pé esquerdo”, contou o pai ao portal G1.
Segundo os pais, a enfermeira plantonista teria dito que o bebê sofreu um mal súbito e que para uma crise de hipotermia foi colocado um aquecedor perto do bebê. Na segunda-feira (2), os pais voltaram ao hospital e houve um conflito de versões e os familiares pedem que o responsável seja identificado e responda pelo ocorrido.
“Eles pediram mil desculpas e disseram que o fato não poderia ter acontecido de maneira alguma”, disse Welker.
“Após a queimadura, nossa filha Agatha ficou três dias sem dormir, o medicamento dela foi aumentado e ela apresentou mais febre. Marcamos uma reunião com a secretaria de saúde para abrir uma queixa contra o hospital”, completou Adrieli, a mãe da bebê.
A família registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal culposa e a menina vai passar por exames de corpo de delito no IML. A polícia espera o prontuário e o laudo, para seguir com as investigações acerca do ocorrido.
Foto: Arquivo Pessoal