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Data: 22/11/2024

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22/11/2024 04:00

Bombardeio de Israel atinge hospital em Gaza e deixa 500 mortos, diz Ministério da Saúde Palestino

Foto: Reprodução

Um bombardeio de Israel, nesta terça-feira, 17, deixou pelo menos 500 mortos em um hospital da Faixa de Gaza, disse o Ministério da Saúde do território palestino, governado pela ala política do grupo terrorista Hamas.

Fotos do Hospital al-Ahli mostraram fogo consumindo os corredores do hospital, vidros quebrados e partes de corpos espalhadas pela área. De acordo com o ministério, centenas de pessoas ainda estão sob os escombros. Vários hospitais na Cidade de Gaza tornaram-se refúgios para centenas de pessoas, na esperança de serem poupadas aos bombardeamentos depois de Israel ter ordenado que todos os residentes da cidade e áreas circundantes evacuassem para o sul da Faixa de Gaza.

O Exército Israelense afirmou em um primeiro momento que não tem hospitais como alvo e que investigava o caso. Depois, divulgou nota afirmando que a Jihad Islâmica foi responsável pela explosão.

“A partir da análise dos sistemas operacionais das Forças de Defesa de Israel, foi lançada uma barragem de foguetes inimigos em direção a Israel que passou nas proximidades do hospital, quando este foi atingido. De acordo com informações de inteligência, de diversas fontes de que dispomos, a organização Jihad Islâmica Palestina (JIP) é responsável pelo lançamento fracassado que atingiu o hospital”, diz o comunicado israelense.

Israel diz que lideranças do Hamas usam hospitais para se esconder e seus pacientes como escudos humanos.

O gabinete de comunicações das autoridades do Hamas denunciou um “crime de guerra”. “O hospital abrigava centenas de doentes e feridos, bem como pessoas deslocadas à força”, disse o comunicado. O presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, rival do Hamas, declarou três dias de luto após o bombardeio.

Cerca de 3 mil pessoas morreram nos bombardeamentos israelenses na Faixa de Gaza em retaliação aos atentados terroristas de 7 de outubro, quando centenas de terroristas que mataram cerca de 1 400 pessoas e sequestraram perto de 200.

Crise humanitária

O ataque ao hospital ocorre na véspera da visita do presidente Joe Biden a Israel e em meio à piora da situação humanitária em Gaza. Submetida a um cerco por Israel desde os atentados do Hamas, a população de Gaza tem poucas reservas de água, comida e combustível. Milhares de pessoas tentam fugir do norte do enclave, alvo de uma possível invasão israelense, em direção ao sul, na fronteira com o Egito.

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