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O Brasil tinha 37,8 mil idosos com cem anos ou mais em 2022, indicam dados do Censo Demográfico 2022 divulgados nesta sexta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O número representa um crescimento de 56% em relação ao recenseamento anterior, ocorrido em 2010. À época, o país tinha 24,2 mil idosos com cem anos ou mais.
Apesar do crescimento em termos relativos, as pessoas dessa faixa etária representaram somente 0,02% da população total do Brasil no ano passado (203,1 milhões). Em 2010, a parcela era de 0,01%.
Os 37,8 mil idosos com cem anos ou mais equivalem a quase metade da capacidade de público do estádio do Maracanã (78,8 mil), no Rio de Janeiro.
A Bahia é a unidade da federação onde o Censo 2022 contabilizou o maior número nessa faixa etária: 5.336. São Paulo (5.095) e Minas Gerais (4.104) vieram em seguida. Roraima (73) e Acre (142) tiveram os menores contingentes em termos absolutos.
O Censo 2022 indica uma aceleração no envelhecimento dos brasileiros. Segundo o IBGE, idosos de 65 anos ou mais (quase 22,2 milhões) já representam 10,9% do total de habitantes no país (203,1 milhões). Em termos absolutos, o contingente nessa faixa etária teve um salto de 57,4% em relação a 2010.
Uma comparação mais longa também dá a dimensão do envelhecimento dos brasileiros. Em 1980, os idosos de 65 anos ou mais representavam 4% da população total. O percentual cresceu ao longo das décadas seguintes, até superar os 10% em 2022.
Enquanto isso, a participação de crianças e adolescentes vem encolhendo, de acordo com o IBGE. Em 2022, as pessoas de 0 a 14 anos representavam 19,8% do total de habitantes, abaixo da marca de 24,1% em 2010. Em 1980, essa mesma faixa etária correspondia a 38,2% da população total.