Carros elétricos fracassaram e são insustentáveis, diz estudo americano
No relatório “A Ilusão Norueguesa” de Leigh Goehring e Adam Rozencwajg, da gestora norte-americana Goehring & Rozencwajg, especializada em investimentos em recursos naturais, os carros elétricos (EVs) são submetidos a uma análise crítica, desafiando as percepções comuns sobre sua eficiência e impacto ambiental em comparação aos veículos a combustão interna (ICEs).
Os autores argumentam que, contrariamente à crença popular, os elétricos são menos eficientes do ponto de vista energético, custam mais para serem produzidos devido à demanda energética intensiva para a mineração de metais essenciais para as baterias e, surpreendentemente, podem aumentar as emissões de carbono, considerando que a maior parte da produção de baterias ocorre na China, um país ainda fortemente dependente do carvão.
Especificamente na Noruega, citada como um caso de estudo devido aos seus substanciais subsídios governamentais para os veículos elétricos, os resultados não foram os esperados. A demanda por combustíveis fósseis diminuiu apenas 4% de 2010 a 2022, apesar de 20% da frota norueguesa ser elétrica.
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Subsídios
O estudo aponta ainda que o governo norueguês gasta quase US$4 bilhões por ano em subsídios para carros elétricos – mesmo valor aplicado na manutenção de rodovias e infraestrutura pública do País. Além disso, um novo carro a combustão Noruega tem um imposto de US$ 27.000 em impostos, enquanto um carro elétrico equivalente não paga nada. O relatório conclui que tal política é insustentável do ponto de vista financeiro.
Os autores também criticam as comparações de eficiência energética frequentemente feitas entre os elétricos e carros a combustão, argumentando que tais análises falham ao não considerar a energia necessária para a produção de baterias e ao simplificar demais as diferenças entre energia térmica e elétrica. Eles destacam que a conversão de energia térmica (alta entropia) para elétrica (baixa entropia) é inerentemente ineficiente, um fato frequentemente omitido nas discussões sobre a eficiência dos carros elétricos.
A conclusão dos autores é de que as tentativas de substituir completamente os carros a combustão por elétricos, motivadas por políticas governamentais, provavelmente falharão no longo prazo devido a essas ineficiências e desafios econômicos e ambientais.
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Eles defendem que a história mostra que tecnologias menos eficientes raramente substituem aquelas mais eficientes e preveem que os consumidores continuarão a preferir os veículos mais eficientes (carros a combustão), desafiando assim a visão otimista de um futuro dominado por veículos elétricos.
Publicado originalmente por: Car Blog BR –
Fonte: Goehring & Rozencwajg