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06/10/2024 16:14

Ciclo do café no Vale do Paraíba inspira peça de autor de Taubaté

O período do ciclo do café no Vale do Paraíba serviu de inspiração para o autor Rogerio Guarapiran, de Taubaté, escrever o livro de dramaturgia “Bandoleiros de Taubaté”, projeto premiado pelo Programa de Ação Cultural (ProAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, na área de criação e publicação literária, e que reúne uma série de atividades culturais ao longo do ano.

Como parte das ações previstas no projeto, o autor realiza a partir do dia 21 de abril um ciclo de quatro bate-papos sobre os temas “Teatro e Dramaturgia”, “História e Psicologia”, “Literatura e Música”. Os encontros virtuais contam com parceria do programa Artes Brasilis, do apresentador e escritor Nicodemos Sena, e terão transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da Letra Selvagem TV, neste link. (826) LETRA SELVAGEM TV – YouTube.

O objetivo dos bate-papos é compartilhar a pesquisa para o livro e divulgar os processos de criação literária para o teatro. Participam dramaturgas, psicólogos, músico, ator e atriz para debater sobre temas históricos e artísticos que envolvem a criação e a publicação de obras de dramaturgia no Brasil.

Carlos Ramos, Daniel Severo, Leandro Neves, Nicodemos Sena, Silvia Gomez, Michele Ferreira, Karen Sacconi, Paulo Raposo, Fernanda Ventura e Renan Rovida contribuem com os debates. (veja o perfil completo dos convidados em guarapiran.blogspot.com).

O ciclo de bate-papos ocorrerá sempre às quintas-feiras, às 19h, com início no dia 21 de abril. O tema do primeiro encontro será “Monteiro Lobato e a escravidão”; no dia 28 de abril, o bate-papo abordará “A publicação de dramaturgas”; já no dia 5 de maio, o tema será: “O processo de criação de dramaturgia”.

Fechando a programação, dia 12 de maio, ocorrerá um sarau musical, com o compositor Paulo Raposo, e leitura dramática da obra “Bandoleiros de Taubaté”.

‘Bandoleiros de Taubaté’ traz ciclo do café como tema

Ciclo do café em Taubaté

Livremente inspirada em fatos históricos do período do ciclo do café em Taubaté, um dos principais centros econômicos do país no fim do século 19 e início do século 20, a dramaturgia retrata dois bandos rivais. Um deles formado por fazendeiros e milicianos; o outro, por ex-escravos e imigrantes pobres.

Segundo Rogerio Guarapiran, a peça discute visões sobre a identidade nacional, o banditismo como forma de sobrevivência, o poder e a violência naquele período histórico da vida brasileira, onde o café era pilar fundamental da economia. O autor afirma que o objetivo da obra é “investigar as raízes da formação da sociedade brasileira, as relações de classes sociais, preconceitos e violências estruturais a partir de fatos históricos”.

Além dos bate-papos, o projeto compreende ainda pesquisa, redação e publicação do livro, pela editora Letra Selvagem (www.letraselvagem.com.br), com 500 exemplares, parte deles distribuída de forma gratuita a bibliotecas municipais no Vale do Paraíba, bibliotecas de escolas e faculdades da região. O projeto contará também com eventos de lançamento do livro, abertos ao público, previstos para dezembro, em Taubaté e São José dos Campos.

O trabalho de pesquisa para o livro teve início em fevereiro deste ano. Foram consultados documentos de Arquivos Históricos e Museus de Taubaté, livros de Sociologia, Psicologia e peças de teatro para compreender as relações da época e produzir uma obra de ficção.
“Bandoleiros de Taubaté” será a segunda parte de uma trilogia iniciada em 2014 com a peça “O Peregrino”, contemplada no mesmo prêmio, e a intenção maior é realizar uma obra destinada a produtores teatrais, interessados em dramaturgia de forma geral e estudantes da História do Vale do Paraíba.

Sobre o autor

Rogerio Guarapiran é dramaturgo e músico. Natural de Taubaté, tem 14 peças escritas e encenadas. Trabalha com o teatro profissional em todo o estado de São Paulo e é idealizador do projeto “Bandoleiros de Taubaté”, texto inédito para publicação pela editora Letra Selvagem. Como músico, é autor do projeto de pesquisa musical “Viva o Choro de Taubaté”, também premiado pelo ProAC, que resgata a obra de antigos chorões da cidade nas últimas décadas.

Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas nas redes sociais do autor (@guarapiran)

Fotos: Divulgação.

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