Duas cobras da espécie Phyton foram encontradas em um hotel fazenda, localizado na cidade de Lorena, interior de São Paulo. Os animais foram apreendidos e encaminhados até o Ibama. A operação conduzida já estava em prática há um mês, pois o hotel funcionava de maneira irregular, uma vez que o estabelecimento se encontra numa área indígena.
Os dois animais encontrados, um macho de 16,6kg e uma fêmea albina, de 41,8kg medem 2,70 e 3,70 metros respectivamente, foram encaminhados ao Ibama. Sob os cuidados do órgão ambiental, foram medicados, e passaram por reabilitação. Ambos passaram pelo procedimento de chipagem. As cobras foram levadas para o Projeto Selva Viva, em Taubaté, nesta quarta-feira (15).
Cobras encontradas em hotel fazenda em situação irregular
O hotel fazenda onde as cobras foram encontradas, se localiza dentro do território pertence a área de preservação indígena Piaçaguera. O dono foi multado em R$500 mil reais pela infração. O Rancho Pesqueiro Arco-Íris foi embargado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e, segundo o órgão ambiental, foram encontrados animais silvestres expostos em cativeiro no local, no caso, as duas cobras Phyton e cinco araras.
O proprietário do empreendimento, segundo a Polícia Civil, está em liberdade condicional, após ter sido preso em 2020, durante a ‘Operação Laura’, por suspeita de envolvimento com uma facção criminosa. A ação foi coordenada pelos policiais da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Itanhaém, com o objetivo de prender suspeitos de ajudar uma foragida da Justiça a dar à luz de forma clandestina no Hospital Regional do município. A mulher foi capturada logo após receber alta. Segundo a polícia, o homem tem ligações com o PCC.
‘Arco-Íris’, nome do Rancho, localizado em terras indígenas e abrigando animais exóticos, é o nome do conglomerado empresarial que consiste em um polo de diversão da facção criminosa, onde há serviço de televisão, parque aquático, concessionária de veículos e até um mercado.
“Foi uma ação do Ibama junto com o Ministério Público, então, vieram fiscais de São Paulo, e também foram os nossos fiscais daqui. Esse hotel foi fechado, embargado, e as equipes retiraram todos os animais. Agora, é preciso tirar os peixes da lagoa que sejam exóticos. Então, ainda existe essa parte, o Ibama deu o prazo para eles realizarem e vai acompanhar”, afirmou a agente federal Ana Angélica Alabarce, responsável pelo Ibama na região.