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Data: 07/10/2024

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07/10/2024 09:31

Covid: Reino Unido é o 1º país a aprovar remédio em pílula

Covid: Reino Unido é o 1º país a aprovar remédio em pílula. A MHRA (Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde) do Reino Unido aprovou, na manhã desta quinta-feira (4), o uso do medicamento contra a Covid-19 molnupiravir em pacientes infectados em estado leve ou moderado e que tenham pelo menos um fator de risco para a doença evoluir para caso grave.

No comunicado, a agência, que é a primeira no mundo a usar o fármaco, explicou: “O antiviral Lagevrio (molnupiravir) é seguro e eficaz na redução do risco de hospitalização e morte de pessoas com Covid-19 leve a moderada que apresentam risco aumentado de desenvolver doença grave”, anunciou o governo britânico.

O medicamento, produzido pela farmacêutica Merck, é o primeiro antiviral que combate o Sars-CoV-2 de uso oral. O molnupiravir atua na replicação do vírus e impede que ele se multiplique. Dessa forma, os níveis do vírus no corpo se mantêm baixos, reduzindo, portanto, a gravidade da doença.

Covid

Estudos apresentados pela Merck mostram que a pílula é mais eficaz se tomada no estágio inicial da infecção. A MHRA indica o uso assim que o paciente apresentar o teste de Covid-19 positivo e dentro de cinco dias do início dos sintomas.

A FDA (agência reguladora dos Estados Unidos) e a EMA (agência de medicamentos europeia) estão em fase de análise do antiviral.

No dia 27 de outubro, a farmacêutica anunciou um acordo com uma organização sem fins lucrativos para permitir a produção do molnupiravir por outros laboratórios sem a cobrança de royalties, valores pagos pelas patentes dos produtos, até que a pandemia seja controlada no mundo.

A negociação permitirá que 105 países de baixa e média renda que fazem parte da ONG apoiada pela ONU (Organização das Nações Unidas) tenham acesso ao antiviral com custos mais baixos. Além de evitar que apenas países ricos consigam comprar o fármaco e monopolizem seu uso. Situação similar à vivenciada com as compras das vacinas contra a Covid-19.

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Covid: Molnupiravir no Brasil

No Brasil, a Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) faz parte de estudos de fase três, que acontecem desde o começo de outubro, simultaneamente, em sete centros no Brasil. A fundação e o laboratório negociam para que o molnupiravir seja produzido aqui. Caso o acordo seja bem-sucedido, a ideia é fabricá-lo na Farmanguinhos, no Rio de Janeiro.

Para que seja produzido e distribuído no Brasil, o medicamento precisa, inicialmente, do aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso emergencial no país. A Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) também precisa avaliar se o produto será incorporado pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Covid na europa

As infecções pelo novo coronavírus estão atingindo níveis recordes em muitos países da Europa, enquanto o inverno se aproxima. A Organização Mundial da Saúde (OOMS) pediu atenção aos governos e descreveu a nova onda como “preocupação grave”.

Números de casos em disparada, especialmente no Leste Europeu, fazem com que se retome as discussões sobre a adoção de restrições da circulação, antes do feriado de Natal, e como convencer mais pessoas a se vacinarem.

O debate chega no momento em que alguns países da Ásia, com exceção da China, reativam seus setores turísticos.

“O ritmo atual da transmissão nos 53 países da Europa é uma preocupação grave”, disse o chefe regional da OMS, Hans Kluge, acrescentando que a disseminação foi ampliada pela variante Delta, que é mais transmissível.

O vírus se espalha mais rápido nos meses de inverno, quando as pessoas se reúnem em ambientes fechados.

Kluge já havia alertado que, se a Europa seguir a trajetória atual, pode haver 500 mil mortes relacionadas à covid na região até fevereiro.

“Precisamos mudar nossas táticas antes de tudo, deixando de reagir a disparadas de covid-19 para evitar que elas aconteçam.”

A região somou quase 1,8 milhão de casos novos na semana passada, um aumento de 6% na comparação com a semana anterior. O número de mortes subiu 12% no mesmo período.

A Alemanha, a maior economia da Europa, relatou 33.949 infecções novas, o maior aumento diário desde o início da pandemia no ano passado. Os casos da Rússia e da Ucrânia estão em disparada.

O número diário de infecções pelo novo coronavírus na Áustria atingiu um recorde estabelecido um ano atrás, tornando um lockdown para os não vacinados cada vez mais provável.

A prevalência da covid-19 na Inglaterra atingiu o nível mais elevado já registrado em outubro, disse o Imperial College de Londres, liderado por um número alto de casos em crianças e uma disparada no sudoeste.

A Eslováquia relatou 6.713 casos novos, também um recorde, e os novos casos diários na Hungria mais do que dobraram em relação à semana passada, chegando a 6.268.

A Polônia, maior economia do Leste Europeu, relatou 15.515 casos novos nesta quinta-feira, a cifra mais alta desde abril. Croácia e Eslovênia relataram infecções diárias recordes.

A China está em estado de alerta em seus portos internacionais para diminuir o risco de entrada de casos do exterior, e intensifica restrições dentro do país, em meio a um surto crescente a menos de 100 dias da Olimpíada de Inverno de Pequim.

As autoridades também endurecem as restrições na capital, antes de uma grande reunião dos principais membros do Partido Comunista na semana que vem.

*Reportagens adicionais de Jason Hovet, Alan Charlish e redações da Reuters no mundo

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