A criação de empregos formais em 2020 caiu pela metade após revisão do Ministério do Trabalho e Previdência. Em janeiro, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apontavam que o país criou 142.690 postos de trabalho com carteira assinada no ano passado. Agora, o painel de informações do órgão indica o saldo de 75.883, redução de 46,8%.
Até a divulgação dos dados de junho deste ano, o Caged fazia parte do Ministério da Economia, com a liderança de Paulo Guedes. A partir de julho, a contabilidade ficou sob responsabilidade do novo Ministério do Trabalho e Previdência, com o comando de Onyx Lorenzoni.
Em janeiro, Guedes classificou como “grande notícia” a criação superior a 142 mil vagas formais em 2020 em meio aos impactos da pandemia do novo coronavírus. “Na recessão de 2015, destruímos 1,5 milhão de empregos. Na recessão de 2016, também por consequência de erros internos da política econômica, perdemos 1,3 milhão de empregos.
No acumulado de 2020, quando fomos atingidos pela maior pandemia dos últimos 100 anos, e teremos queda na criação de 4,5% do PIB, o Brasil criou 142 mil novos empregos”, afirmou.
Em nota divulgada nesta quarta-feira, 3, a pasta do Trabalho e Previdência afirmou que a queda pela metade foi resultado da contabilização de 2,25% de demissões e 1,8% de admissões a mais do que o informado no fim de 2020 e que “essa pequena diferença se deve a declarações realizadas fora do prazo pelas empresas declarantes”.
“Tradicionalmente, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) podem ser atualizados até 12 meses após a data de realização da movimentação (admissão ou demissão).
A entrada de dados fora do prazo acontece quando as empresas declaram as informações de admissão e demissão após a competência em que a movimentação se realizou”, informou a pasta. No acumulado de 2021 até setembro, o país registra a criação de saldo positivo de 2,5 milhões de vagas formais.
Criação eSocial
Até 2019, as contratações e as demissões eram informadas manualmente. Em janeiro de 2020, o processo passou a ser realizado de forma eletrônica, por meio da Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).
Em março de 2020, pouco depois do início da pandemia de covid-19, o Ministério da Economia, na época responsável pelo eSocial e do Caged, suspendeu a divulgação das estatísticas por dois meses. Na ocasião, a pasta alegou que, durante o processo de adaptação ao novo sistema, diversas declarações de demissões foram preenchidas de forma errada e que o processo de retificação foi comprometido pela pandemia.
Até aquele momento, apenas os dados do Caged de dezembro de 2019 haviam sido divulgados. Os números de criação só voltaram a ser apresentados no fim de maio de 2020, com os dados de janeiro a abril do mesmo ano e uma nova metodologia que passou a incluir trabalhadores temporários e bolsistas, impossibilitando a comparação com o Caged de anos anteriores.
Justificativa
Em nota, o Ministério do Trabalho e Previdência, informou que, mesmo com a revisão dos dados, 2020 continuou a registrar criação de empregos formais. “Ressaltamos que, mesmo com a mencionada revisão, o saldo do Caged de 2020 se mantém positivo, em que pese o pior momento da pandemia da covid-19”, destacou a pasta. Segundo o ministério, o prazo para ajustes dos dados do ano passado acaba no fim de 2021.
“A entrada de dados fora do prazo acontece quando as empresas declaram as informações de admissão e demissão após a competência em que a movimentação se realizou. A possibilidade de realizar esse tipo de declaração já existia no antigo Caged, havendo uma ocorrência um pouco maior neste momento devido ao processo de transição para a declaração via eSocial, que ocorreu para um número significativo de empresas ao longo de 2021”, acrescentou o Ministério do Trabalho e Previdência.
Aposta
Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2.425 da Mega-Sena. O sorteio foi realizado na noite dessa quarta-feira (3) no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.
De acordo com a estimativa da Caixa, o prêmio acumulado para o próximo sorteio, no sábado (6), é de R$ 75 milhões. As dezenas sorteadas foram: 10 – 31 – 38 – 46 – 49 – 54.
A quina registrou 75 apostas ganhadoras. Cada uma vai pagar R$57.727,72. A quadra teve 5.048 apostas vencedoras. Cada apostador receberá R$ 1.225,26.
As apostas para o concurso 2.426 podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo país ou pela internet. O volante, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.