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O dia vai virar noite em parte do Brasil nesta sábado (14) devido ao eclipse anular do Sol, fenômeno que ocorre uma ou duas vezes por ano e acontece quando a Lua fica alinhada entre a Terra e o Sol.
Nove estados do Norte e Nordeste poderão assistir ao fenômeno de forma completa, são eles: Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. No restante do país, ele será parcial. Ou seja, quem olhar para o céu verá o Sol “mordido” pela Lua.
O eclipse deve começar por volta das 15h (horário de Brasília) e chegar ao ápice às 16h51. O término está previsto para 17h50 – com um total de 2 horas e 7 minutos. O último ocorreu em junho de 2021, mas não foi visível em solo brasileiro. O próximo deste tipo ocorrerá em 2 de outubro de 2024, mas será visualizado no extremo sul da América do Sul e em áreas no oceano Pacífico.
O Observatório Nacional vai transmitir o eclipse anular do Sol em uma edição do evento virtual “O céu em sua casa: observação remota” no Youtube, que contará com a parceria de astrônomos amadores e profissionais espalhados na faixa de anularidade.
De acordo com a astrônoma Josina Nascimento, que integra a unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, quem for assistir ao fenômeno, não deve olhar diretamente para o Sol, nem mesmo com o uso de películas de Raio-X, óculos escuros ou outro material caseiro.
A exposição, mesmo que de poucos segundos, pode danificar a retina de modo irreversível. “Para olhar diretamente para o Sol somente com o uso de filtros solares apropriados, telescópios adequados e sob a supervisão de profissionais”.
Mas existem outras formas de projeção ou de observação indireta. “É bem fácil construir um aparato. Pode-se simplesmente usar um pedaço de papelão, como, por exemplo, uma tampa de caixa de pizza, e fazer um furo no meio. Coloca-se um papel branco no chão e direciona-se o furo para a direção do Sol. O eclipse é visto tranquilamente no papel no chão”, revela.