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Neste mês de maio, o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) realizou a edição do “Engineering Education for the Future” (EEF-2024), para tratar do ensino de Engenharia. O evento teve ampla participação do tema “empreendedorismo”, com competições de pitches e apresentações de startups.
Não poderia ser diferente. Há décadas as faculdades com alto conteúdo de inovação e tecnologia perceberam a importância de fomentar o empreendedorismo, inclusive capacitando seus alunos no tema, de modo a levar ao mercado seus resultados de pesquisa, através de empresas bem-sucedidas.
O movimento empreendedor também se beneficia do envolvimento das universidades nesse esforço, pois qualquer apoio é fundamental quando se inicia um novo negócio.
Um ambiente de empreendedorismo e inovação na verdade envolve três atores principais, no que se conhece como modelo de hélice tripla e representa a base fundamental para o fomento ao empreendedorismo e à inovação. Em primeiro lugar o próprio Governo, que entra com linhas de fomento, incentivos fiscais e leis. O setor privado participa com seu poder de compra e interação com universidades e parques tecnológicos, mas também pode criar seu próprio esforço empreendedor através dos programas de inovação aberta. As universidades e parques tecnológicos são a terceira hélice desse modelo, que recentemente foi ampliado para o de cinco hélices, onde acrescentou-se o meio ambiente e a sociedade.
Um movimento empreendedor que se alinhe com os recursos naturais do País tem maior potencial de sucesso, especialmente com a extensão e a diversidade de riquezas naturais como o Brasil. Por outro lado, a cultura e o perfil da sociedade, assim como seu nível de instrução, determinam o perfil do empreendedorismo possível e a evolução que pode atingir.
Em todas as hélices é importante pensar não só no que o movimento empreendedor toma de cada ambiente e ator, mas também o que devolve a ele. A via de mão dupla é fundamental para que o caminho de inovação e empreendedorismo seja perene, acumulando aprendizagens e renovando-se em uma espiral ascendente de qualidade a cada geração.
Silvina Ramal é mestre em Administração de Empresas pela PUC-Rio com especialização na London Business School.É Conselheira certificada com atuação em empresas familiares e startups. Tem quase 30 anos de atuação no empreendedorismo, sendo autora de 11 livros sobre o assunto. Recentemente publicou o livro Mulheres Líderes e Empreendedoras.
Silvina está oferecendo seu apoio aos empresários afetados pelos recentes eventos de enchentes no Rio Grande do Sul. Ela está disponibilizando um programa de mentoria completamente gratuito para ajudá-los a enfrentar os desafios e reconstruir seus negócios.
Para se candidatar a uma vaga no programa de mentoria, os empresários devem contatá-la diretamente através do LinkedIn. Inicialmente, estão disponíveis três vagas, mas Silvina está disposta a ajustar essa quantidade de acordo com a demanda. Os interessados precisam comprovar que estão localizados e operam na região afetada pelas enchentes. Vale ressaltar que a prioridade será dada às mulheres empreendedoras.