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Data: 10/11/2024

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10/11/2024 06:02

Em visita ao Vale, Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo critica as saidinhas temporárias

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O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, cumpriu agenda nesta terça-feira (23), no Vale do Paraíba. Em visita a São José dos Campos, Guilherme Derrite, criticou as saídas temporárias que beneficiam presos no estado, as chamadas “saidinhas”, medidas adotadas em cinco datas por ano.

“O que eu faço é com o mesmo idealismo que eu sempre fiz na minha carreira da Polícia Militar, como dentro do Congresso Nacional como autor de projetos importantes”, disse Derrite em São José dos Campos, na sede do CPI-1 (Comando de Policiamento do Interior), em solenidade de 48 anos do comando.

“A exemplo da relatoria aprovada na Câmara dos Deputados do fim das saídas temporadas. Nos bastidores, apoio de poucos deputados. Falei para o presidente [da Câmara] Arthur Lira, que me ajudou. Falei ‘presidente, eu não quero que o senhor se comprometa com o resultado, como a votação. Eu vou atuar com todos os líderes partidários para que [acabe] essa aberração jurídica que só protege o criminoso”, afirmou o secretário.

PROJETO DE LEI

Derrite foi o deputado federal pelo PL que fez a relatoria do projeto de lei que põe fim às saídas temporárias de presos. O projeto foi aprovado na Câmara em agosto de 2022, por 311 votos a favor e 98 contra.

Desde março de 2023, o projeto está na Comissão de Segurança Pública do Senado. O tema, porém, começou a ser discutido no Congresso em 2013, quando o Senado aprovou uma medida mais enxuta, que apenas restringia o benefício a presos primários, apenas uma vez por ano.

A “saidinha” voltou ao centro do debate após a morte do sargento Roger Dias da Cunha, de 29 anos, em Belo Horizonte, na última semana. Ele foi baleado durante uma perseguição a um criminoso que havia deixado a prisão no Natal.

O secretário ainda disse que, enquanto a saída temporária não é encerrada, o governo estadual vai “colocar uma lupa nesse indivíduo que deveria retornar para a residência dele nos sete dias [de saidinha], mas infelizmente são liberados e ele vem para o centro de São Paulo, ele vai cometer roubos”.

Segundo Derrite, foram 1.000 indivíduos beneficiados com a saidinha que foram “conduzidos diretamente para o sistema prisional pelos policiais militares e guardas civis municipais”.

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