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Daniel Alves, ex-jogador de futebol, foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por estupro, em dezembro de 2022, na Espanha. A sentença foi emitida nesta quinta (22) e a pena determinada pela juíza Isabel Delgado Pérez, da 21ª Seção da Audiência de Barcelona.
Como Daniel já passou um ano na prisão, este tempo será descontado da pena estabelecida. Depois de cumprir o tempo de reclusão, o jogador terá que ficar mais cinco anos em liberdade vigiada e nove anos afastado da jovem de 24 anos, vítima da agressão sexual.
Durante depoimento, o ex-jogador chorou, disse que usou muita bebida alcóolica e negou o estupro.
Apesar do pedido de defesa do atleta para uma suspensão por violação de direitos, como presunção de inocência, o Tribunal de Barcelona manteve o julgamento.
Segundo os magistrados, nenhum direito foi violado e Daniel Alves teve uma advogada desde o momento de sua prisão.
No entanto, o atleta pode recorrer a outro tribunal, que cabe recurso ao Superior Tribunal de Justiça de Catalunha, e teria a última apelação ao Tribunal Supremo, em Madri.
Depoimento
Em trechos de seu depoimento, Daniel Alves alega que a jovem teve relações sexuais com ele por conta própria.
“Primeiro vieram duas garotas e elas ficaram lá dançando por um tempo. Elas não se sentiram nem um pouco desconfortáveis. Elas chegaram e começaram a nos cumprimentar. Começou uma conversa, estávamos nos movimentando, conversando umas com as outras. Eu sou uma pessoa muito próxima, mas com respeito. Estávamos dançando, interagindo”.
“Ela colocou a mão para trás e começou a tocar minhas partes. Ela disse que sim para ir ao banheiro, eu não precisei insistir. Eu disse a ela que iria ao banheiro primeiro e esperei um pouco, achando que ela não viria, que não queria ir. E quando abri a porta, praticamente esbarrei nela.”
“Ela se ajoelhou na minha frente e começou a me fazer sexo oral. Abaixei a calça e sentei no vaso sanitário”.