Os seguidos aumentos nos combustíveis impactam diretamente no bolso do brasileiro e na inflação em 2021. Com isso, a conta fica mais cara em um país com predominância do transporte rodoviário, onde os repasses do diesel fazem parte do dia a dia dos consumidores.
Nas residências, o gás de cozinha cotado a R$ 100 também gera grande preocupação nas famílias. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também aponta que o litro da gasolina subiu nove vezes neste ano e acumula alta de 27,5%, e de 37% nos últimos 12 meses.
O economista Douglas Duek avalia a cadeia de reajustes. “Como essa inflação está refletindo nos alimentos? Você vai no mercado e tudo fica mais caro. Será que está 8% mais caro nos últimos 12 meses como deu o IPCA? Tem coisas que subiram muito mais de 8% e outras coisas a parte do frete está refletindo. Além disso, você tem falta de peças afetando e esse aumento está ligado a tudo e vamos sentir o reflexo no produto final, seja ele o combustível, alimentos e outro. Estamos sentindo essa pressão da inflação”, afirma.
Na semana passada, a gasolina subiu R$ 0,09 nas refinarias, um reajuste de 3,34%. Os combustíveis ao lado da energia elétrica puxam a inflação no Brasil. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE, avançou 0,96% em julho, com alta acumulada de 4,76% no ano, e de 9% em 12 meses até julho.