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A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) vai descontinuar a atual oferta de onze itinerários formativos no ensino médio e reduzir a apenas duas novas opções para o próximo ano letivo.
Com o novo formato, as escolas vão ser obrigadas a alterar mais uma vez as aulas que oferecem aos alunos. Os professores também terão que se preparar para assumir novas disciplinas que serão criadas, como oratória e liderança.
As escolas foram comunicadas das alterações para 2024 na segunda-feira (24), dia em que os professores voltaram do recesso escolar.
As mudanças foram anunciadas menos de três anos após o currículo do novo ensino médio ser adotado em São Paulo. O estado foi o primeiro do país a colocar em prática o modelo que obriga as escolas a destinar 40% das aulas para disciplinas optativas, os chamados itinerários formativos.
No formato criado pela gestão João Doria (hoje sem partido), as escolas tinham disponível 11 opções de itinerários para ofertar aos seus alunos -em tese, a escolha deveria ser por aquelas que tinham mais estudantes interessados.
Na prática, a definição dos itinerários acabou levando em conta a disponibilidade de professores ou estrutura de cada escola. Por isso, a gestão Tarcísio decidiu reduzir o leque de opções.
Segundo a Secretaria de Educação, as escolas têm até 15 de setembro para consultar os estudantes e decidir o que vão ofertar no próximo ano. Elas podem escolher por ofertar apenas uma ou as duas opções.
A nova estrutura prevê que um dos itinerários será o de Ciências da Natureza e Matemática, que vai incluir disciplinas de robótica, programação, química aplicada, biotecnologia e empreendedorismo.
O outro será o de Linguagens e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, com disciplinas como liderança, mídias digitais, geopolítica, oratória e filosofia e sociedade moderna.
“Com o currículo anterior, a gente tinha onze itinerários nas escolas com a oferta de até 276 disciplinas diferentes. Isso criou uma hipercomplexidade de gestão, tanto para a atribuição das aulas aos professores, como para capacitar os docentes e elaborar materiais para cada uma delas”, explicou Renato Dias, diretor-pedagógico da Secretaria Estadual de Educação.
Segundo ele, a “simplificação” dos itinerários seguiu o modelo de escolas particulares e do que é adotado em outros estados, como o Paraná. “Assim, fica mais fácil de gerir o quadro de professores e garantir que todos os componentes curriculares são ministrados por professores formados para essas coisas”, disse.