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Data: 22/11/2024

Fonte de dados meteorológicos: Wetter 30 tage

22/11/2024 23:01

Há 75 anos disco voador caía em Roswell – EUA

Há exatos 75 anos em uma manhã do dia 8 de julho de 1947, a assessoria de imprensa da Base Aérea do Exército em Roswell – Novo México – Estados Unidos, soltou o seguinte comunicado à imprensa:

“Os vários rumores a respeito dos discos voadores se tornaram uma realidade ontem, quando o escritório de inteligência do 509º Grupo de Bombardeio da 11ª Força Aérea, Basea Aérea do Exército em Roswell, teve a sorte de ter em posse um disco através da cooperação com um dos rancheiros local e o escritório do xerife de Chaves County. O objeto voador pousou num rancho perto de Roswell em algum momento na semana passada.”

Não possuindo telefone, o rancheiro guardou o disco até quando ele foi capaz de entrar em contato com o escritório do xerife, que em seu turno notificou o major Jesse A. Marcel do Escritório de Inteligência do 509º Grupo de Bombardeiro. Ações foram tomadas imediatamente e o disco foi recuperado da casa do rancheiro. Foi inspecionado na Base Aérea do Exército em Roswell e a seguir levada pelo major Marcel para a autoridade superior.

E seria natural que a imprensa, compreensivelmente naquela época, fosse à loucura.

Imprensa Roswell

Roswell, era uma pequena e pacata cidadezinha do Novo México, e depois da notícia do pouso do Disco Voador se tornaria sinônimo mundial de contatos com inteligências extraterrestres.

Porém, antes mesmo do fim daquele dia, seria publicado o desmentido, dessa vez pela base de Forth Worth, Texas, para onde haviam sido enviadas “as partes do disco”. (Não foi a Área 51 – essa é outra história e fica em Nevada, estado de Las Vegas).

Segundo as autoridades em nova nota enviada a imprensa o material recolhido em Roswell era só um “balão de pesquisas climáticas”, foi o que informaram os militares na tarde daquele 8 de julho.

Mas a história havia começado um pouco antes, pois no dia 14 de junho, quando o fazendeiro, William Brazel, encontrou alguma coisa, próximo a sua fazenda a 30 km de Roswell, Novo México. Mas somente no dia 7 de julho, ele foi até a cidade, para se encontrar com o xerife George Wilcox,  afirmando que havia encontrado “um desse tal disco voador”.

O xerife entrou em contato com a base do exército e ele o major Marcel foram levados até o local para verificar pessoalmente o que o fazendeiro havia encontrado.

Segundo as informações oficiais os restos foram resgatados, brevemente observados e, com a autorização do chefe da base, o general William H. Blanchard, foi publicada a  nota com a versão do disco voador.

roswell

Um dia após o desmentido, Marcel foi entrevistado e afirmou que o que havia recolhido eram apenas tiras de borracha, papel alumínio, um papel duro e hastes metálicas. Caso encerrado. 

Caso arquivado

Fosse hoje em dia, com as redes sociais mostrando sua força, nunca mais deixaria de circular a versão original. Como foi em 1947, a história morreu por aí. Uma mera confusão.

Mas não foi bem assim. Cerca de 31 anos depois em 1978 voltou-se a se falar em Roswell novamente.

Foi quando o físico nuclear tornado ufólogo Stanton T. Friedman encontrou um major Jesse Marcel aposentado e disposto a falar. Marcel, que em 1947 havia mencionado apenas os pedaços de borracha e papel alumínio, afirmou então que o que viu era mesmo um disco voador e que ele mesmo havia trocado os restos do disco para os de um balão, nas fotos, para acobertar a história.

Depois de Marcel, outros velhinhos de Roswell saltaram para dar suas versões.

Walter Haut, o tenente que escreveu o comunicado original, começou dizendo que não era realmente uma testemunha. Em 1979, afirmou que não havia visto nada, nem o permitiram ver quando pediu. Mais tarde, começou a reforçar o quanto acreditava que seu chefe, o general Blanchard, definitivamente acreditava que havia visto um OVNI, que não poderia ter ele — nem tampouco Marcel — achado que balão era disco voador. Em 2000, a história avançou para ele dizer que viu pessoalmente não só o disco, como alienígenas mortos nele.

Roswell teoria da conspiração

Mas segundo as fontes oficiais do Exército Americano revelados na década de 90 houve, sim, uma conspiração, mas não a que os ufólogos gostariam de ver.

Documentos revelados em 1994 mostraram a razão da correria toda do Exército – e que pode explicar o que teria sido uma tentativa mais que estabanada para ocultar a realidade, utilizando essa conversa de alienígenas.

Na verdade os civis e militares envolvidos viram realmente uma coisa esquisita para os padrões tecnológicos da época, mas que na verdade era uma “arma ultrassecreta”.

Logo após a segunda Guerra Mundial a Aeronáutica estadunidense desenvolveu uma inciativa para descobrir se os soviéticos estavam fazendo testes nucleares, era o Projeto Mogul.

O projeto consistia em se lançar balões meteorológicos presos uns aos outros em filas, de forma a manterem-se numa altitude estável na alta atmosfera. Carregavam rádios, microfones e estranhas estruturas de papel alumínio. Sua função era detectar pelo som de uma explosão nuclear, a meio mundo de distância.

O projeto tinha uma base científica sólida, mas se mostrou caro demais em relação às alternativas, detectores sísmicos e amostras de radiação no ar.

E o incidente com a queda dos equipamentos mostrou na pequena cidade de Roswell, o projeto não era exatamente discreto. Essa alternativa é algo frustrante para os ufólogos e não a verdade conhecida sobre o incidente em Roswell.

Para acreditar que houve mesmo alienígenas, também é necessário aceitar que houve uma massiva operação de acobertamento, durando mais de sete décadas, que envolveria não só o Governo e o Exército norte americano, como cientistas, a imprensa e as próprias testemunhas, durante pelo menos os 30 anos iniciais após o incidente.

Uma conspiração que envolveria o mundo inteiro.

Noite dos Ovnis no Brasil faz 36 anos

A noite em que 21 óvnis invadiram o espaço aéreo brasileiro e foram perseguidos por caças da FAB.

No dia 19 de maio de 1986, diversos pontos luminosos foram vistos no céu de São José dos Campos sendo seguidos por cinco caças da Força Aérea Brasileira (FAB), enviados para ‘combater’ os alvos que mudavam de localização em alta velocidade.

A “Noite Oficial dos OVNIs” foi noticiada no Jornal Bandeirantes em Maio de 1986, sendo uma das primeiras informações sobre o tema na TV brasileira.

Noite dos Ovnis São José dos campos

Na noite daquela segunda-feira, 21 objetos voadores não identificados, alguns deles com até 100 metros de diâmetro, foram avistados por dezenas de testemunhas, civis e militares, em quatro Estados: São Paulo, Rio, Minas e Goiás. Só no interior de São Paulo, além de São José dos Campos foram registrados avistamentos em Caçapava, Taubaté e Mogi das Cruzes.

Em Guaratinguetá (SP), o avistamento foi coletivo. Quem conta é o ufólogo Edison Boaventura Júnior, presidente do Grupo Ufológico do Guarujá (GUG).

“Por volta das 20h, cerca de dois mil militares, entre cadetes e oficiais, da Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR), testemunharam o fenômeno, a olho nu ou de binóculo”, relata.

Não parou por aí. Os óvnis, sigla usada para designar “objetos voadores não identificados”, foram detectados por radares do Centro Integrado de Defesa Aérea e de Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta). O que significa que, em outras palavras, tais objetos eram sólidos.

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