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Data: 24/11/2024

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24/11/2024 07:51

‘Heróis de Alcântara’ ganham monumento em São José em homenagem às vítimas do acidente no VLS-1

Foto: PMSJC

A Praça dos Heróis de Alcântara, na região sudeste de São José dos Campos – trevo de acesso ao Jardim da Granja –, ganha nesta terça-feira (22) um monumento em homenagem às 21 vítimas do acidente no VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites), ocorrido há 20 anos.

O monumento foi feito em alvenaria e tem seis metros de diâmetro e cinco de altura. Trata-se de parceria entre a Prefeitura de São José e o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial). Haverá placas das instituições e uma com os nomes dos heróis, os 21 técnicos e engenheiros da cidade mortos em 2003. O local ficará iluminado.

Ao lado do marco, segundo a prefeitura, será instalado um protótipo do foguete lançador de satélite, em referência ao VLS-1. A solenidade de inauguração contará com a entrega de medalhas honoríficas aos familiares das vítimas do acidente.

No mesmo dia, haverá a tradicional queima de 21 fogos de artifício em memória dos heróis de Alcântara, com a participação de familiares no MAB (Memorial Aeroespacial Brasileiro), também na região sudeste de São José. O evento acontece desde 2004.

A data é marcante: 20 anos do acidente com o VLS-1, tragédia que transformou para sempre a vida dos familiares em São José.

Representante das famílias das vítimas do acidente, a empresária Doris Maciel, 62 anos, conta que a saudade não vai embora, mesmo depois de duas décadas e de toda a reconstrução da vida sem o ente querido. No caso dela, o engenheiro Sérgio Cezarini, uma das vítimas do VLS.

“Penso no tempo e de como a gente conseguiu suportar a perda. Na verdade, aprendemos a conviver com ela”, diz Doria.

Ela lembra que a morte dos 21 profissionais foi um evento “surreal”, que mudou completamente a rota das famílias. “Tivemos que aprender a viver de novo, com outras questões”.

Na época, apenas as duas filhas de Doris e Cezarini já estavam na faculdade. A maior parte dos filhos dos mortos era criança. Hoje estão quase todos formados e até com seus próprios filhos. A vida avança, mas não sem solavancos.

“A memória está muito viva e de como tudo aconteceu, o acidente, foi muito dolorido. Guardo essas lembranças e memórias numa caixa no coração, da gratidão de conviver um período com ele. Hoje é guardar com carinho”, diz Doris.

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