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A unidade de Cachoeira Paulista do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) deu um passo significativo no início desta semana rumo à instalação de um novo supercomputador. A aquisição, que visa aprimorar a agilidade e a precisão das previsões meteorológicas, tem o objetivo de reduzir mortes associadas a desastres naturais no Brasil.
Após o lançamento do edital pelo Governo Federal no início de julho, o processo licitatório foi concluído na noite da última segunda-feira (9) com a vitória da empresa norte-americana HPE Cray. A companhia, renomada no setor de supercomputação, venceu a concorrência ao oferecer R$ 25 milhões pela máquina, além de serviços de operacionalização, transferência de tecnologias e documentação de garantia.
A instalação do novo supercomputador está prevista para ocorrer entre dezembro deste ano e janeiro do próximo, com início das operações agendado para março. O equipamento substituirá o supercomputador Tupã, em uso no Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) desde 2010, e que atualmente é considerado obsoleto.
O investimento de R$ 25 milhões pelo Governo Federal representa apenas 12% do total necessário para o projeto de modernização do Cptec, estimado em R$ 200 milhões. O restante do orçamento será direcionado para potencializar as capacidades do supercomputador e para a construção de uma usina de energia solar, que garantirá que a máquina seja a primeira do mundo a operar de forma sustentável.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) espera que a nova máquina melhore significativamente os serviços do Inpe, como previsão do tempo, simulações climáticas e monitoramento de eventos extremos. A precisão aprimorada permitirá previsões meteorológicas mais detalhadas e rápidas, auxiliando as autoridades na implementação de medidas preventivas e emergenciais para mitigar os impactos de desastres naturais.
A introdução do supercomputador promete ajudar a evitar tragédias semelhantes às ocorridas no Brasil, como o deslizamento de terra em São Sebastião, que resultou na morte de 64 pessoas em fevereiro do ano passado, e as inundações no Rio Grande do Sul, que causaram 182 mortes entre abril e maio deste ano.