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05/10/2024 09:22

Joseense Danny Silva é heptacampeão brasileiro

Foto: PMSJC

O joseense Daniel Borges da Silva, de 23 anos, venceu pela sétima vez o Campeonato Brasileiro de Ioiô, cuja final foi realizada no último sábado (25), em São Paulo. “Foi um dia incrível”, escreveu Danny (como é conhecido) nas redes sociais.

Dos sete títulos nacionais no currículo, o primeiro foi conquistado em 2013 e os dois anteriores em 2020 e 2021. Ele compete na categoria 1A (para quem compete com apenas um equipamento).

Danny também participou neste ano de seu quinto Campeonato Mundial. Em agosto, ele chegou à semifinal na competição ocorrida em Osaka, no Japão, terminando na 49ª posição na categoria 1A entre mais de 300 competidores do mundo todo.

Ele se credenciou à disputa da competição devido ao seu desempenho em edições do Campeonato Brasileiro.

MUNDO

Em Mundiais, contando as edições online disputadas durante a pandemia (2021 e 2022), já são cinco participações de Danny. Nas duas primeiras, em Tóquio (2015) e Islândia (2017), ele também chegou às semifinais.

Para atingir esse nível competitivo num esporte pouco praticado no Brasil, o jovem conta que a trajetória começou bem cedo, como uma brincadeira de criança, aos 11 anos de idade.

“Jogar ioiô na escola era uma moda na época, em 2008, quando tive o primeiro contato com o brinquedo. Em 2010, comecei a pesquisar vídeos no Youtube e me apaixonei pelo esporte”, disse Danny, que acrescenta ter embasado sua técnica nos estilos americano e japonês.

DEDICAÇÃO

A partir daí, Danny não parou mais, até que seus pais compraram o primeiro ioiô mais profissional, de alumínio, pagando R$ 120 pelo equipamento.

“Aos poucos fui aperfeiçoando a técnica e o estilo, mas sempre sozinho, como autodidata mesmo, pois não havia muitas referências no Brasil”, contou.

Da diversão para as competições, o jovem foi colecionando títulos nacionais até que conseguiu o apoio de uma importante marca de ioiô dos Estados Unidos, a Ioiô Factory, sua atual patrocinadora.

“Consegui o patrocínio depois de ficar entre no top 4 de um concurso de vídeo realizado em 2017”, lembrou o joseense.

Para chegar a colecionar tantos títulos, Danny diz ser fundamental a concentração na frente dos juízes, que analisam basicamente seis fundamentos: execução das manobras, controle, postura, presença de palco, uso da música, espaço e construção da performance.

As apresentações levam 1 minuto na fase preliminar e 3 minutos nas finais. Pode parecer pouco tempo, mas Danny garante que a execução precisa estar mentalmente preparada para que não ocorram erros. “Treino seis horas por semana para quando chegar a competição eu estar bem preparado”.

HISTÓRIA

O ioiô é um dos brinquedos mais antigo do mundo. A história desse simples objeto é tão fascinante quanto seu funcionamento. A origem do ioiô é um mistério. Grécia, China, Filipinas. Diversos lugares do mundo podem ter sido o berço do ioiô. O ioiô, na sua forma atual, nasceu nas Filipinas, onde é até hoje um brinquedo muito popular.

Nos últimos 20 anos, a tecnologia vem mudando a cara dos ioiôs. Nos anos 80, os ioiôs “inteligentes” que retornavam para a mão do dono automaticamente foram criados e nos anos 90 o uso de rolamentos nos ioiôs resultou em uma evolução inédita nas manobras realizadas.

Os ioiôs atuais empregam tecnologia de ponta, a madeira e plástico usados há décadas foram substituídos por novos materiais, como aço, alumínio e policarbonato.

O ioiô no Brasil, assim como em inúmeros outros países, teve períodos de “febre”, onde o brinquedo se tornou mania entre jovens e crianças nos anos 80 e 90.

Em 2002 foi fundada a Associação Brasileira de Ioiô, que passou a ser responsável pela organização de campeonatos no Brasil. Hoje, o Brasil é considerado por muitos como a terceira potência mundial do esporte, atrás apenas de Japão e Estados Unidos.

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