A juíza Ludmila Grilo foi afastada de suas atividades após o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abrir processo disciplinar contra ela. O conselho concorda que a juíza violou deveres funcionais que atestariam baixa produtividade e morosidade com suas atribuições. O caso será investigado.
Ludmila Grilo é atualmente magistrada da Vara Criminal e da Infância e Juventude de Unaí, no interior de Minas, e ficou conhecida no meio jurídico após atacar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Por meio das redes sociais, a juíza acusou os ministros de ‘ativismo judicial’ e sugeriu seu impeachment.
Esse tipo de manifestação é proibida, segundo a Lei Orgânica da Magistratura (Loman), que impede manifestações político-partidárias.
Além dos ataques, ela divulgou um canal do blogueiro, Allan dos Santos, bolsonarista declarado e que polemizou diversas vezes nas redes sociais pela divulgação de fake news e por ter incentivado movimentos anti-democráticos. Allan é considerado foragido da Justiça brasileira, tendo se instalado nos Estados Unidos.
Ludmila Grilo é acusada de baixa produtividade no trabalho
Conforme a declaração do corregedor Luís Felipe Salomão, para o Estadão, a juíza possui diversos processos parados, os quais trata com grande morosidade. “A reclamada não cumpre seus deveres básicos, deixando de comparecer no fórum mesmo sem ter autorização para realizar teletrabalho, negligenciando a gestão do cartório e deixando fiscalizar os atos de seus subordinados”, defendeu. “Réus presos sem sentença, réus soltos sem audiência, um desleixo absoluto com a atividade.”
Ludmila afima estar sofrendo assassinato de reputação e o que classificou como estardalhaço midiático.
Foto: Reprodução.