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Mocidade Alegre venceu pelo segundo ano consecutivo e leva 12º título do Carnaval de São Paulo nesta terça-feira, 13, após a apuração das notas dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial.
A escola da Zona Norte não levantava o troféu desde 2014, e agora faz a dobradinha com a conquista do ano passado, sendo a segunda maior vencedora do estado e a maior da capital. Com 270 pontos, a Mocidade alcançou a pontuação máxima, descartando um 9.9 no quesito comissão de frente, além de um 9.8 em alegoria.
Solange Bichara, presidente da agremiação, disse após o resultado que sente “uma emoção muito grande” e que o concurso foi “muito acirrado”.
“Estou a mil por hora. Estou digerindo, é uma emoção grande. Foi um ano muito dificil, onde todas as escolas estiveram bem. Não sabíamos quem ia ganhar. As escolas evoluíram demais e a gente acaba perdendo o parâmetro. Mas nada de ficar contando vitória antes. A gente prefere orar e ter fé que vai dar certo, além de acreditar no trabalho”, disse a presidente agradecendo à comunidade da escola do bairro do Limão, na Zona Norte de São Paulo.
“O trabalho é dobrado, é triplicado, e vamos que vamos, é por aí, é por aí. Não é sorte, é trabalho. É uma equipe maravilhosa, é uma comunidade que faz… Eles acreditam no que a diretoria aposta, e isso é muito importante para nós. Então eles conseguem falar a mesma língua, todos nós. Isso é muito importante. Realmente faz uso ao lema que eu falo, que é a vitória vem da luta, a luta vem da força e a força da união. É uma escola unida nesse sentido”, comemorou ela.
Destaques do desfile
Atual campeã do carnaval paulistano, a Mocidade Alegre voltou festejada para a avenida para abordar o tema “Brasiléia Desvairada, a busca de Mário de Andrade por um país”. A apresentação, um dos destaques da noite pelo cuidado estético, foi coberta de referências, como um carro destinado a retratar o livro Macunaíma.
O enredo do carnavalesco Jorge Silveira e do enredista Leonardo Antan teve inspiração nas primeiras explorações de Mário de Andrade pelo Brasil. A proposta era construir um “novo País” na avenida, com exaltação de elementos históricos, como o barroco mineiro e a dança do carimbó. “Bordei um país de felicidade / Na voz da minha Mocidade”, diz o samba enredo.
Thelma Assis, vencedora da edição de 2020 do Big Brother Brasil, desfilou como uma das musas da agremiação. Já o ator Paschoal da Conceição abriu a apresentação de terno, cartola e gravata, representando o próprio Mário de Andrade.