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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na segunda-feira (15) uma nova indicação de tratamento oncológico para pacientes com câncer de bexiga avançado ou metastático (espalhado pelo corpo), não tratado anteriormente.
Um estudo clínico realizado pela empresa farmacêutica estadunidense MSD mostrou que a imunoterapia com pembrolizumabe, aliada a um anticorpo droga conjugada, enfortumabe vedotina, reduziu o risco de progressão da doença ou morte em 55% e o risco de morte em 53% em comparação com a quimioterapia.
Segundo o estudo, a sobrevida mediana foi aproximadamente duas vezes maior no grupo de pacientes que receberam o tratamento de P+EV (pembrolizumabe em combinação com enfortumabe vedotina) do que naqueles que receberam quimioterapia.
A farmacêutica se apoia nos resultados para sugerir o uso de P+EV como um possível novo padrão de cuidado.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que mais de 11 mil novos casos de câncer de bexiga sejam diagnosticados anualmente de 2023 a 2025, sendo os homens os mais impactados pela doença, com 7.870 novos casos por ano, em comparação com 3.500 novos casos por ano em mulheres.
A imunoterapia é um tratamento inovador contra o câncer que potencializa as defesas do organismo. Essa estratégia treina o sistema imunológico para reconhecer e combater células cancerígenas, representando um avanço significativo na medicina oncológica. No entanto, esse tratamento ainda não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).