O preço da cesta básica no Vale do Paráiba caiu 2,41% em dezembro de 2023 comparado ao mesmo mês de 2022 e teve a maior retração para 12 meses em 27 anos, segundo pesquisa do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), da Unitau (Universidade de Taubaté).
O valor caiu de R$ 2.785,39 para R$ 2.718,29 nos últimos 12 meses e marcou a maior queda no preço da cesta em toda a série histórica da pesquisa do Nupes, que começa em 1996.
Até então, o ano com a maior retração havia sido 2005, com -1,68% no valor da cesta em 12 meses. Em 2017 o valor caiu 0,77%. Esses foram os únicos três anos em 27 com preço menor da cesta comparado ao período anterior. Em 2022, por exemplo, o preço subiu 21,18% ante 2021.
CIDADES
A cesta de 44 produtos, sendo 32 de alimentação, sete de limpeza e cinco de higiene pessoal, reduziu de preço nos últimos 12 meses em todas as cidades pesquisadas pelo Nupes.
São José dos Campos teve queda de 2,07%, com a cesta passando de R$ 2.717,77 para R$ 2.661,55. Em Taubaté, a retração foi de 2,62%, com R$ 2.677,25 contra R$ 2.749,22 em dezembro de 2022. Campos do Jordão teve a menor queda percentual (-0,41%) e Caçapava a maior (-4,50%).
“A entrada de novas redes de supermercados em São José dos Campos e Taubaté, indica uma condição de maior concorrência, o que favorece preços mais competitivos”, avaliou o Nupes.
No mês de dezembro de 2023, a cesta variou 0,79% na comparação com novembro, com R$ 2.718,29 contra R$ 2.696,97. O ano terminou com sete meses de queda no valor da cesta comparado ao mês anterior e cinco de aumento no preço.
PRODUTOS
No decorrer de 2023, os produtos que apresentaram as maiores reduções dos preços foram: óleo de soja (-28,76%), cebola (-21,76%), margarina (-18,85%), mamão formosa (-18,69%), feijão carioca (-16,76%), carnes (-15,81%), queijo (-15,66%), café (-13,59%), frango (-11,93%) e leite integral (- 11,35%).
Por outro lado, os ‘vilões’ da cesta básica em 2023, com as maiores altas, foram os seguintes produtos: cenoura (+79,53%), alface (+ 43,21%), couve (33,55%), abobrinha (+ 21,20%), tomate (+20,85%), arroz (+ 19,06%) e laranja pera (+ 13,50%).
“Entre os produtos de maior alta estão os hortifrutis, que tiveram sua produção comprometida nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2023 por conta de problemas climáticos como excesso de chuvas e ondas de calor intensas”, afirmou o Nupes.
