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Data: 23/11/2024

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23/11/2024 02:36

ATENÇÃO: 2 casos da variante Ômicron são identificados no Brasil

Ômicron: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou na tarde desta terça-feira (30) que serão enviadas para análise laboratorial as amostras de dois brasileiros que, em análise preliminar, apresentaram resultado positivo para a variante Ômicron do novo coronavírus. A testagem foi realizada pelo laboratório Albert Einstein.

O caso positivo investigado é de um passageiro vindo da África do Sul e que desembarcou no aeroporto internacional em Guarulhos, São Paulo, no dia 23. O passageiro portava resultado de RT-PCR negativo e ia voltar para o país africano no dia 25 e ia fazer novo teste, acompanhado de sua mulher, para poder embarcar.

Ômicron

Nesse novo teste os dois testaram positivo para a covid-19 e foi feita a comunicação ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de São Paulo.

O laboratório Albert Einstein fez o sequenciamento genético das amostras e notificou a Anvisa sobre os resultados positivos e informou hoje que tratava-se da nova variante.

“Diante da identificação e testagem com resultado positivo para Covid-19, a Rede CIEVS, ligada ao Ministério da Saúde, deve monitorar casos de acordo com o sistema de vigilância vigente no Brasil, para avaliação das condições de saúde e direcionamento dos indivíduos aos serviços de atenção à saúde, bem como para adoção das medidas de prevenção e controle da covid-19”, destacou a Anvisa em nota.

A entrada do passageiro no país foi anterior à edição da portaria Interministerial que proibiu, em caráter temporário, voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela África do Sul.

Ômicron

Vacinação

Ontem, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a principal resposta contra a variante Ômicron é a vacinação. “Esse contrato assinado com a farmacêutica Pfizer é a prova cabal da programação do Ministério da Saúde para enfrentar não só essa variante Ômicron como as outras que já criaram tanto problema para nós”, completou.

Ele afirmou que o cuidado da vigilância em saúde no país permanece o mesmo adotado desde o começo da pandemia. “É uma variante de preocupação, mas não é uma variante de desespero porque temos um sistema de saúde capaz de nos dar as respostas no caso de uma variante dessa ter uma letalidade um pouco maior. Ninguém sabe ainda”.

Ômicron

O que é Ômicron?

A variante Ômicron (português brasileiro) ou Ómicron (português europeu) (também conhecida como linhagem B.1.1.529) é uma variante do SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19 .

A linhagem B.1.1.529 foi relatada à Organização Mundial da Saúde pela África do Sul em 24 de novembro de 2021. Em 26 de novembro de 2021, o Grupo Técnico Consultivo da OMS sobre a evolução do vírus SARS-CoV-2 designou a B.1.1.529 como uma variante de preocupação e a OMS deu a ele a designação Ômicron.

A variante apresenta um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes. O número de casos na linhagem B.1.1.529 está aumentando em todas as áreas da África do Sul. Algumas evidências mostram que essa variante apresenta risco aumentado de reinfecção. Estudos estão em andamento para avaliar o impacto exato na transmissibilidade e mortalidade, entre outros fatores.

O primeiro espécime da variante encontrado foi a partir de uma coleta feita em 9 de novembro de 2021 em Botswana.

Também foi detectado na África do Sul, além de casos confirmados em Hong Kong, Israel (a partir de um viajante voltando do Malaui, junto com dois que retornaram da África do Sul e um de Madagascar). Um caso confirmado na Bélgica aparentemente adquiriu o vírus no Egito antes de 11 de novembro.

Variantes

As Variantes do SARS-CoV-2 são um conjunto de versões diferentes do agente infeccioso SARS-CoV-2 do grupo taxonômico do Coronavírus.

Conforme o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, não há um conceito consolidado na comunidade científica para definir ou distinguir “variante”, “cepa” e “linhagem”, sendo usados indistintamente também no contexto da pandemia de COVID-19.

Conforme o Instituto Butantan, do Brasil, a mutação predominante no mundo em abril de 2021 se chamava D614G. Essa mutação é comum às linhagens B.1.1.28 e B.1.1.33. Da primeira linhagem se originaram as variantes P.1 e P.2 (com detecção inicial associada à transmissão comunitária no Brasil), enquanto que a variante N.9 tem origem na segunda linhagem mencionada. Há ainda as linhagens B.1.1.7, B.1.351 e B.1.318 associadas a detecções iniciais da transmissão comunitária no Reino Unido, na África do Sul e Suíça respectivamente.

Devido à capacidade transmissão alta e adoecimento severo, B.1.1.7, B.1.351 e P.1 foram classificadas internacionalmente como variantes de preocupação, enquanto B.1.427 e B.1.429 (ambas com detecção inicial associada à transmissão comunitária nos Estados Unidos) eram variantes de interesse em meados de abril de 2021.

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