A final entre Flamengo e Palmeiras da Libertadores da América será a quarta da história entre duas equipes do Brasil, o Rubro-Negro e o Verdão disputarão a competição continental no dia 27 de novembro no estádio Centenário, em Montevidéu (Uruguai), o campeão representará o Brasil no Mundial de Clubes.
A sede única no Uruguai foi definida em julho, quatro meses antes da data da final. O risco com a pandemia de covid-19 gerou um debate entre órgãos locais e dirigentes da Conmebol sobre a autorização de público na partida. O estádio, inclusive, já recebe ajustes para o jogo entre os clubes brasileiros.
A final da Libertadores de 2021 será a segunda consecutiva com a presença do Palmeiras, que na edição anterior superou o Santos por 1 a 0 no estádio do Maracanã para ficar com o título, e estreou no Mundial de Clubes da Fifa diante do Tigres, do México na semifinal do Mundial, mas o time alviverde perdeu a partida por 1 a 0, em gol de Gignac, de pênalti.
Apesar da discussão e zoação entre torcedores rivais, o Palmeiras é reconhecido como campeão mundial; história que foi relembrada pela entidade máxima do futebol
Mas foi exatamente no Mundial de Clubes de 2021 que a FIFA resolveu relembrar um pouco da história do Verdão no mundial, dando destaque para a Copa Rio de 1951, competição considerada pela entidade como Campeonato Mundial..
Palmeiras Campeão de 1951
O time alviverde superou na final a Juventus, da Itália, e ganhou as manchetes da época como o primeiro campeão do mundo de clubes. Em 2014, a Fifa chegou a reconhecer a conquista como mundial. Mas, em 2019, durante visita ao Brasil, o presidente da entidade máxima do futebol, Gianni Infantino, afirmou que só são campeões mundiais os clubes que conquistaram o título a partir de 1960, ano da primeira edição da Copa Intercontinental.
Claro que os torcedores rivais fazem questão de não reconhecer a conquista. Aliás, a piada de que o Palmeiras não tem Mundial começou em 2012, quando o Corinthians venceu a Copa do Mundo de Clubes contra o Chelsea. Assim, o único grande de São Paulo sem Mundial passou a ser o Palmeiras.
Embora tenha sido realizado com o aval da Fifa, o Torneio Internacional de Clubes Campeões de 1951 foi organizado pela Confederação Brasileira e Desportos, na onda da Copa de 1950. Os representantes brasileiros foram o Palmeiras, campeão paulista de 1950, e o Vasco, vencedor do Carioca. Naquela época, ainda não havia Campeonato Brasileiro e os estaduais tinham um peso bem maior.
O outro representante sul-americano foi o Nacional, campeão uruguaio de 1950. Da Europa, vieram cinco clubes. A CBD queria trazer representantes de Espanha e Inglaterra, mas não conseguiu. Barcelona e Tottenham recusaram os convites, e deram lugar ao Nice, da França, e ao Austria Viena. Estrela Vermelha, da Iugoslávia, e o Sporting, campeão português, também participaram.
Finalmente, a Juventus foi trazida no lugar do Milan, que era o campeão italiano vigente, mas preferiu disputar a Copa Latina, realizada na Europa. O time de Turim, campeão nacional no ano anterior, foi um substituto à altura e teve uma campanha irrepreensível até a fina contra o Palmeiras.
Mesmo com os rivais afirmando que o Palmeiras não tem Mundial, o título de 1951 foi bastante comemorado na época. Os jornais deram grande repercussão e noticiaram a conquista como tal. Afinal, era um clube brasileiro levantando uma taça no Maracanã um ano depois da derrota para o Uruguai na final da Copa de 1950. Os heróis palmeirenses foram recebidos por uma multidão nas ruas de São Paulo. Com ou sem reconhecimento, não serão esquecidos pela torcida alviverde.