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Após o terceiro ciclone em menos de um mês, os produtores do Rio Grande do Sul estão contabilizando suas perdas.
Na sexta-feira (14), uma comitiva do governo gaúcho visitou as áreas mais atingidas, localizadas no noroeste do estado.
Com estruturas destruídas, os produtores de leite e suínos tiveram que realocar os animais ou abater os feridos.
Além disso, as perdas incluem também lavouras de trigo e hortaliças, que estão sendo contabilizadas pela Emater.
Os municípios mais atingidos estão na região noroeste do estado.
O governador em exercício, Gabriel Souza (MDB), e a Defesa Civil sobrevoaram as cidades de Sede Nova, Campo Novo e Humaitá, que foram as mais afetadas.
“Viemos aqui trazer a solidariedade do governo do Estado e também conferir quais são as principais necessidades da população mais afetada neste momento”, disse o governador em exercício. Ele detalhou o auxílio emergencial, sancionado esta semana, que autoriza o repasse financeiro para famílias atingidas por eventos climáticos. “Um benefício adaptado a cada situação, mas que permite ajudarmos rapidamente quem mais precisa em momentos difíceis”, explicou o governador do RS em exercício.
Animais mortos e feridos
Nas propriedades que produzem leite, os animais ficaram até 2h30 embaixo dos escombros, resultando em algumas mortes e outros animais feridos.
Alguns foram realocados para galpões de vizinhos, que estão auxiliando na ordenha.
Em Humaitá e Nova Candelária, os alojamentos de suínos desabaram.
A empresa integradora calcula perdas de 10 mil animais entre mortos, feridos e aqueles que serão abatidos por não terem onde ficar.
Darci Steffler, produtor de suínos, comenta: “Sem condições. A única coisa que sobrou foram dois silos”, diz.
Hortaliças, fruticultura e trigo
Além dos danos na produção de leite e suínos, também há perdas nas lavouras de hortaliças, fruticultura e trigo.
A Emater está trabalhando em campo para fazer o levantamento total dos prejuízos.
Devido ao fato de muitas lavouras ainda estarem alagadas, esse levantamento deve se estender até a próxima semana.
Graciane Rasche, extensionista da Emater em Sede Nova/RS, afirma que o prejuízo na cidade chega a R$ 27 milhões.
“Os valores estão relacionados as residências das famílias e queda de galpões”, diz.
Jair Brentano, produtor de leite em Sede Nova/RS, declara que talvez seja o momento de largar a atividade. “Não sei o que vamos fazer. Não sei se vamos reconstruir [o que perdemos]”, afirma.
No último fenômeno, ocorrido em junho, os prejuízos no estado foram calculados em quase R$ 150 milhões.