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Data: 23/11/2024

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23/11/2024 01:08

Tosse, febre, dor de garganta e São José tem primeiro caso da variante Ômicron

Tosse, febre, dor de garganta e a chegada de Portugal há aproximadamente quinze dias (29/11), bastaram para que uma jovem de 21 anos fosse diagnosticada com a variante Ômicron e assim marcar o primeiro caso da doença em São José dos Campos.

O fato foi comunicado nesta terça-feira (14) à Vigilância Epidemiológica de São José dos Campos, que passou a monitorar a paciente que cumpriu isolamento de 13 dias em sua casa, já está recuperada e inclusive retornou ao trabalho.

A jovem foi atendida no Hospital Municipal José de Carvalho Florence, de São José dos Campos, foi medicada e material RT-PCR coletado, que confirmou a nova variante, após exames laboratoriais complementares.

Ela mora com a mãe que também passou a ser monitorada, após ser informado que ela foi buscar a filha de carro no aeroporto, mas não apresenta os sintomas da doença, mas deverá permanecer em isolamento até o dia 24 de dezembro.

Nesse período da viagem, que durou 9 dias, a paciente manteve contato com uma pessoa positiva para a Covid-19.

Total de casos de Variante Ômicron no Brasil

Com a paciente de São José dos Campos, o número de infectados pela variante Ômicron no Brasil sobe para 12 casos, sem registro de mortes. A primeira morte no mundo foi registrada no Reino Unido, na segunda-feira (13).

A nova cepa fez acender um novo sinal de alerta na maioria dos países e apertar as restrições e tentar conter o avanço do vírus que está circulando pelo mundo.

Cientistas apontam que a doença possui um índice de transmissibilidade maior que as outras, por outro lado, ainda não há evidências e estudos que comprovem sua severidade.

Segundo o Ministério da Saúde, até agora o diagnóstico laboratorial da variante do Ômicron não foi comprometido e as atuais tecnologias de testagem estão sendo suficientes para sua detecção.

O laboratório Albert Einstein fez o sequenciamento genético das amostras e notificou a Anvisa sobre os resultados positivos e informou hoje que tratava-se da nova variante.

“Diante da identificação e testagem com resultado positivo para Covid-19, a Rede CIEVS, ligada ao Ministério da Saúde, deve monitorar casos de acordo com o sistema de vigilância vigente no Brasil, para avaliação das condições de saúde e direcionamento dos indivíduos aos serviços de atenção à saúde, bem como para adoção das medidas de prevenção e controle da covid-19”, destacou a Anvisa em nota.

A entrada do passageiro no país foi anterior à edição da portaria Interministerial que proibiu, em caráter temporário, voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela África do Sul.

Vacinação

Ontem, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a principal resposta contra a variante Ômicron é a vacinação. “Esse contrato assinado com a farmacêutica Pfizer é a prova cabal da programação do Ministério da Saúde para enfrentar não só essa variante Ômicron como as outras que já criaram tanto problema para nós”, completou.

Ele afirmou que o cuidado da vigilância em saúde no país permanece o mesmo adotado desde o começo da pandemia. “É uma variante de preocupação, mas não é uma variante de desespero porque temos um sistema de saúde capaz de nos dar as respostas no caso de uma variante dessa ter uma letalidade um pouco maior. Ninguém sabe ainda”.

O que é variante Ômicron?

A variante Ômicron (português brasileiro) ou Ómicron (português europeu) (também conhecida como linhagem B.1.1.529) é uma variante do SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19 .

Variante Ômicron

A linhagem B.1.1.529 foi relatada à Organização Mundial da Saúde pela África do Sul em 24 de novembro de 2021. Em 26 de novembro de 2021, o Grupo Técnico Consultivo da OMS sobre a evolução do vírus SARS-CoV-2 designou a B.1.1.529 como uma variante de preocupação e a OMS deu a ele a designação Ômicron.

A variante apresenta um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes. O número de casos na linhagem B.1.1.529 está aumentando em todas as áreas da África do Sul. Algumas evidências mostram que essa variante apresenta risco aumentado de reinfecção. Estudos estão em andamento para avaliar o impacto exato na transmissibilidade e mortalidade, entre outros fatores.

O primeiro espécime da variante encontrado foi a partir de uma coleta feita em 9 de novembro de 2021 em Botswana.

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