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Data: 22/11/2024

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22/11/2024 18:47

Setembro Amarelo em Jacareí: conheça ações promovidas na cidade

A Prefeitura de Jacareí, por meio da Secretaria de Saúde, está promovendo a campanha de prevenção ao suicídio ‘Setembro Amarelo’. Ao longo do mês, os profissionais de todas as Unidades de Saúde alertarão a população sobre o assunto, destacando a importância do tratamento de saúde mental e divulgando os serviços ofertados gratuitamente pelo município, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).

“Essa é uma campanha muito importante. Todos os anos, no mês de setembro, nós abordamos esse tema tão delicado, que é a prevenção ao suicídio – considerado um problema de saúde pública pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Por isso, é papel de todos nós, como sociedade, estarmos atentos a este problema”, explica Milene dos Santos, terapeuta ocupacional no CAPS II de Jacareí.

Atendimento Psicossocial em Jacareí

O ‘Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio’ é celebrado no dia 10 de setembro, mas a campanha acontece durante todo o ano, por meio das políticas públicas de saúde adotas pelo SUS. Dentro da campanha também é realizada, anualmente, na semana do dia 15 de setembro, a ‘Semana de Combate e Prevenção à Depressão’.

Em Jacareí, as portas de entrada para qualquer pessoa que precise de atendimento psicossocial são as Unidades de Saúde. Cada caso é analisado separadamente e, de acordo com a necessidade, o paciente é encaminhado para tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

“A maioria dos casos de suicídio está ligada a transtornos mentais, sendo cerca de 60% deles ligados à depressão. Temos notado que esse diagnóstico tem aumentado nos últimos tempos. As pessoas não têm conseguido lidar com as tristezas do dia a dia. É preciso que elas saibam que podem pedir ajuda, que existe toda uma rede preparada para ajudá-las. Nós, como população, precisamos estar atentos, ouvir as pessoas e alertá-las sobre a importância de procurar a ajuda de um profissional”, ressalta Milene.

Rede de Apoio

No CAPS, o paciente conta com uma rede de profissionais do SUS, que acompanha o tratamento da saúde mental, composta por psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e enfermeiros. O tratamento envolve toda a equipe do CAPS, respeitando as particularidades de cada paciente.

Números do Suicídio

De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Medicina, são registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de um milhão no mundo. Aproximadamente 60% das pessoas que morreram por suicídio nunca se consultaram com um profissional de saúde mental ao longo da vida.

Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida de transtorno bipolar e abuso de substâncias.

Setembro Amarelo

Setembro Amarelo

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza, em território nacional, o Setembro Amarelo®. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano. Atualmente, o Setembro Amarelo® é a maior campanha anti estigma do mundo! Em 2022, o lema é “A vida é a melhor escolha!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas.

O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde – OMS em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de 01 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.

Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, os países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param de aumentar, segundo a OMS. Sabe-se que praticamente 100% de todos os casos de suicídio estavam relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade.

Foto: Divulgação/PMJ

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