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Data: 23/11/2024

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23/11/2024 01:52

Surto de gripe atinge São Paulo; não há vacinas na capital

O aumento dos números de casos de gripe ligou o alerta em São Paulo. Casos da Influenza A estão sendo registrados em níveis alarmantes na capital paulista que está sem vacinas para combate à gripe desde julho, quando houve a aplicação das vacinas em campanha realizada.

No último final de semana, o Instituto Butantan, que pertence ao governo paulista, doou 400 mil doses à cidade do Rio de Janeiro. O estado contou ainda com o remanejamento de 160 mil doses de vacinas que estavam no Espírito Santo e em Boa Vista, capital de Roraima.

Por outro lado, os casos registrados até o momento estão sendo leves, com seu atendimento ficando restrito à nível ambulatório e em UBS, Unidade Básicas de Saúde, não necessitando de atendimentos mais rígidos ou intensivos.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse que a situação está controlada. Segundo o governante, apesar da situação, os casos identificados não são considerados uma epidemia. Ao menos por hora. O tema foi discutido em uma reunião com a cúpula da gestão municipal que terminou na noite desta terça (14).

“Percebemos um aumento considerável da procura pelos nossos equipamentos de saúde por conta do aumento de casos de Influenza na cidade, mas não estamos vendo como uma situação de gravidade, por enquanto, e sim de atenção”, disse.

Uma das principais diferenças entre a gripe comum, causada pelo vírus Influenza, e o coronavírus, causado pelo vírus Sars-Cov-2 é justamente a evolução para internações e mortes.

Butantan, principal desenvolvedor de vacinas contra a gripe da América Latina
O instituto Butantan é o principal desenvolvedor de vacinas contra a Gripe na América Latina.
O que é a Influenza A, o vírus que causa da gripe?

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais e pode causar pandemias. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a ocorrência de casos da influenza varia de leve a grave e pode levar ao óbito. A hospitalização e morte ocorrem principalmente entre os grupos de alto risco. Em todo o mundo, estima-se que estas epidemias anuais resultem em cerca de 3 a 5 milhões de casos de doença grave e de cerca de 290.000 a 650.000 mortes.

A doença é uma infecção respiratória aguda, causada pelos vírus A, B, C e D. O vírus A está associado a epidemias e pandemias, tem comportamento sazonal e apresenta aumento no número de casos entre as estações climáticas mais frias. Habitualmente em cada ano circula mais de um tipo de influenza concomitantemente (exemplo: influenza A (H1N1) pdm09, influenza A (H3N2) e influenza B). Dependendo da virulência das cepas circulantes, o número de hospitalizações e mortes aumenta substancialmente, não apenas por infecção primária, mas também pelas infecções secundárias por bactérias.

A infecção pode levar ao agravamento e ao óbito, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção (crianças menores de 5 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais.

A imunização é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações. A vacina é segura e é considerada uma das medidas mais eficientes para evitar casos graves e óbitos pela doença. Ela é capaz de promover imunidade durante o período de maior circulação do vírus e a detecção de anticorpos protetores se dá entre duas a três semanas após a vacinação e, em média, confere proteção de seis a doze meses, sendo que o pico máximo de anticorpos ocorre após quatro a seis semanas da vacinação. Além do imunizante, é preciso seguir as regras de proteção de qualquer tipo de infecção respiratória, como a da Covid-19, que incluem:

• Manter a distância de 1,5 metros das outras pessoas;
• Higienizar as mãos com frequência. Lave com água e sabão ou use álcool gel 70%;
• Utilização correta das máscaras cobrindo a boca e o nariz;
• Adotar hábitos saudáveis, alimentar-se bem e manter-se hidratado;
• Não compartilhar utensílios de uso pessoal, como toalhas, copos, talheres e travesseiros;
• Evitar frequentar locais fechados ou com muitas pessoas.

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