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Após as privatizações virarem alvo de críticas da oposição devido a um apagão em São Paulo durante o fim de semana, o governador Tarcísio de Freitas saiu em defesa da desestatização da Sabesp, nesta segunda-feira (6). Ele afirmou que o contrato que pretende assinar “não é frouxo”.
“A Sabesp vai continuar sendo prestadora do serviço. O Estado continua na Sabesp e com um contrato que vai ter muito claro quais são as obrigações contratuais. Não é um contrato aberto, não é um contrato frouxo. É um contrato muito descritivo em termos de servidões. Então, é um modelo absolutamente diferente desse modelo do setor elétrico”, disse o governador em entrevista coletiva concedida no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, para anunciar programas na área da educação.
A Enel é oriunda da Eletropaulo, empresa pública que fornecia energia elétrica até ser privatizada em 1998. O apagão em São Paulo começou às 16h da última 6ª feira (3.nov), em meio a uma forte chuva que resultou na morte de sete pessoas e deixou regiões do estado mais de 55 horas sem energia elétrica.
Defensor das privatizações, Tarcísio não deixou de criticar a Enel, e afirmou que os contratos de empresas de energia elétrica acabam tendo problemas por serem muito antigos.
“Esses contratos da energia elétrica são contratos bem mais antigos, foram feitos lá atrás. Você não tem uma clareza de metas, de servidões do concessionário, como está no contrato da Sabesp”, disse o governador, que ainda afirmou que os técnicos de sua gestão estão trabalhando no levantamento de investimentos que a Sabesp terá de fazer após a privatização.