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O furto das 21 metralhadoras de um quartel em Barueri, na Grande São Paulo, nesta semana, já é o maior desvio de armas registrado pelo Exército brasileiro desde 2009, quando o Instituto Sou da Paz começou a fazer esse tipo de levantamento. Treze das armas levadas têm poder de fogo para derrubar aeronaves.
O Comando Militar do Sudeste confirmou o furto de 21 metralhadoras de um quartel em Barueri, na Grande São Paulo. Destas, treze são calibre .50 e outras oito calibre 7,62 sumiram do Arsenal de Guerra localizado em Barueri.
Nas mãos de criminosos, as metralhadoras .50 são usadas para derrubar aeronaves e atacar carros-fortes.
A ausência foi notada na terça-feira (10) durante uma inspeção. Oficialmente, o caso tem sido tratado como roubo ou furto.
Um Inquérito Polícial Militar foi aberto para apurar as circunstâncias do sumiço e os militares que trabalham no paiol estão impedidos de ir para casa, segundo apuração do jornal Metrópoles. Os celulares dos militares também teriam sido recolhidos.
De acordo com o Exército, as metralhadoras que sumiram haviam sido recolhidas para manutenção.
Os familiares dos militares reclamam da falta de informação. Até o início da noite, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) não tinha conhecimento da ocorrência.
O Comando Militar do Sudeste disse que o aquartelamento de todos os militares faz parte dos “procedimentos previstos para o caso” e informou que todas as providências administrativas foram tomadas com o objetivo de apurar as circunstâncias do roubo.
“A verdade é que eles [militares] não podem falar muita coisa, não podem dar detalhes de nada. O meu marido informou que lá dentro estão todos bem, mas que não há nenhuma previsão de quando irão poder sair”, disse uma familiar ao Metrópoles.