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Data: 22/11/2024

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22/11/2024 07:18

Vendas de motos superam as de carros em 2022

Foram emplacadas 274.766 motos entre janeiro e março deste ano

Somente em março deste ano as vendas de motos tiveram alta expressiva de 76,8% em volume em relação ao mesmo mês do ano passado, chegando a 110,1 mil unidades.

Não sabemos se são as “motociatas” promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro, se é a isenção dos pedágios para motos em rodovias federais, se é a alta dos preços da gasolina, ou se é a expansão dos serviços de entrega (delivery) ou ainda a busca dos consumidores por um transporte individual financeiramente mais acessível.

A verdade é que, cada vez mais, os brasileiros vem comprando motos e pela primeira vez foram vendidas mais motocicletas do que carros de passeio no Brasil.

Bolsonaro e as motos

E uma coisa é certa, se desta vez “a culpa não é do Bolsonaro”, o Presidente da República com seus passeios de moto, e organização de motociatas em todo o país, tem feito o papel de garoto propaganda e os fabricantes de motocicletas agradecem.

Este ano até o final de março foram comercializados 108,2 mil unidades de veículos contra as 110,1 mil unidades de motocicletas.

A inversão ocorre em um momento de crise para os automóveis, que acaba de registrar seu pior março em 18 anos, apesar da recente desoneração tributária para esses produtos.

Entre janeiro e março deste ano, foram emplacadas 274.766 motocicletas. O volume representa crescimento de 33,68% na venda de motos no primeiro trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano passado.

O montante também supera o período pré-pandemia, entre janeiro e março de 2020, quando foram vendidas 246.920 veículos de duas rodas. Os dados são compilados pela Fenabrave, federação que reúne os distribuidores de veículos do Brasil, com base nos números de emplacamentos do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam).

Vendas em alta: Motos, Motocicletas e Scooters

As motocicletas do segmento city (urbanas) continuam sendo as preferidas dos consumidores brasileiros. Lideradas pela Honda CG 160, com 72.837 unidades emplacadas no primeiro trimestre de 2022, as motos urbanas de até 250 cc representaram 40,19% dos veículos de duas rodas emplacados no período.

Logo em seguida, aparecem as CUBs e scooters, com 36,32% de participação no mercado. “As motocicletas dos segmentos city e scooter representam 76% do mercado, no acumulado de 2022, enquanto, em 2021, a participação era de pouco mais de 73%” , avalia Andreta Jr.

Motos e motociletas

Os números confirmam que as motos, CUBs e scooters têm ganhado força como uma opção de mobilidade urbana mais econômica e acessível, para fugir do aumento dos combustíveis e também do alto preço dos carros zero quilômetro.

O resultado tem sido uma recuperação muito mais rápida da indústria de motos e já enxerga os concorrentes pelo retrovisor.

Toda essa procura por motocicletas, porém, tem gerado um inconveniente para os motoristas: a longa fila de espera nas concessionárias.

O vigilante Naelton Pereira Lima é uma das pessoas que investiram em uma moto para se locomover, diariamente, pela cidade e, agora, esperam a liberação do veículo na fábrica. “Vou esperar. A fila de espera está grande, de 60 a 90 dias”, diz o comprador.

Comprar scooter elétrica vale a pena?

Para ter essa resposta, o interessado em comprar scooter elétrica deve considerar as vantagens e desvantagens de ter um veículo com estas características.

Benefícios:

  • Economia na compra
  • Redução de gasto com combustível
  • Não fazem barulho
  • São ecologicamente corretas

Contras:

  • Trafegam em baixa velocidade
  • Possuem autonomia de bateria
  • Custam o mesmo preço ou mais caro do que uma scooter tradicional

Emissão de CNH de moto cresce 65%

A vida em duas rodas é tudo o que o motorista sempre quis.

Levantamento do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) revela que foram emitidas 2.002 primeiras habilitações para categoria A (moto) em março deste ano, um crescimento de 64,7% no Estado de São Paulo, se comparado ao mês anterior, quando 1.214 CNH de moto foram expedidas.

De acordo com o Detran-SP, esse é o maior número registrado mensalmente desde janeiro de 2020, quando 2.104 habilitações foram emitidas.

O aumento na emissão de CNH de moto em março coincide com a alta no valor da gasolina. O preço do combustível aumentou 6,9% no mês passado, e atualmente está na casa dos R$ 7,32 por litro, segundo levantamento do Índice de Preços Ticket Log, que monitora os preços de 21 mil postos do país. Até agora, este é o preço mais alto pago no litro da gasolina pelos brasileiros em 2022.

Como tirar CNH para motos

Quem deseja tirar sua primeira habilitação na categoria A, pode procurar uma das 2.748 autoescolas credenciadas pelo Detran-SP no estado ou ainda iniciar o processo pela internet – desde que o seu RG tenha sido emitido no Estado de São Paulo há menos de seis anos.

Depois disso, será preciso agendar uma visita ao Poupatempo, levar os documentos solicitados e fazer a coleta das digitais, da foto e da sua assinatura. A legislação prevê que o cidadão realize também o exame médico, psicológico (psicotécnico) e 45 horas de curso teórico em um centro de formação de condutores. Ao final, o aluno terá de fazer o exame teórico.

Após ser aprovado e concluir o processo, são mais 20 horas de aulas práticas com uma motocicleta. E, por fim, o teste prático. Em caso de dúvidas, acesse o site do Detran-SP, onde há um passo a passo completo para tirar CNH para moto.

Motos
Brasília – Motociclistas realizam passeio pelas ruas de Brasília como parte do encerramento do Capital Moto Week (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Carros em baixa

Enquanto o mercado de motos se acelerou, os carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus somaram 146,8 mil unidades emplacadas, 22,5% a menos do que no terceiro mês de 2021. O total de 141,6 mil veículos vendidos em março representa o resultado mais baixo para o mês desde 2004, ou seja, em 18 anos.

Os números foram divulgados na última terça-feira, 5, pela Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos (Fenabrave), associação que representa as concessionárias. Houve alguma reação em relação ao ritmo fraco do primeiro bimestre, quando as vendas mensais não passaram dos 130 mil veículos.

Numa variação que também se explica pelo calendário com mais dias de venda, março superou fevereiro em 11%. Foi o primeiro mês cheio em que o setor aproveitou a redução de 18,5% das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aplicadas nas vendas de automóveis.

 

 

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