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Data: 20/09/2024

Fonte de dados meteorológicos: Wetter 30 tage

20/09/2024 08:53

Consumo de energia no Brasil deve encarecer ainda mais a sua conta

O consumo de energia no Brasil aumentou 4,7% em agosto, quando comparado com o mesmo período do ano passado, e chegou a 67.657 megawatts (MW). Os dados do monitoramento do Sistema Interligado Nacional (SIN) foram divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

De acordo com o operador, a alta está sendo influenciada pelo “desempenho da indústria e a recuperação do setor serviços observados nos últimos meses”. A proximidade com o verão e, consequentemente, a elevação das temperaturas também foram fatores importantes para o aumento no consumo, segundo o levantamento.

Segundo o boletim mais recente do ONS, a elevação no consumo da energia elétrica no país vem subindo há cinco meses, após a redução da demanda durante o momento mais crítico da pandemia do novo coronavírus. No acumulado entre abril e agosto, a carga do SIN apresentou um aumento de 5,2% no consumo, em relação ao mesmo período anterior.

Entre as regiões brasileiras, os moradores do Nordeste e do Norte foram os que mais aumentaram seu consumo de energia, com alta de 7,8% em agosto. Já a demanda do Sul e Sudeste/Centro-Oeste do país registraram aumento de 5,9% e 3%, respectivamente.

“O índice continua indicando a retomada da economia após o aumento da mobilidade e o crescimento da vacinação, principalmente no setor de serviços, onde já foi superado o nível de confiança pré-pandemia”, destaca o boletim.

Apesar de representar uma recuperação econômica, a alta na demanda pressiona ainda mais o problema energético do país. Segundo os dados do ONS, o Brasil vive a pior crise dos últimos 91 anos.

Responsável por abastecer cerca de 70% da população brasileira, o armazenamento das usinas do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO) pode chegar a uma média de 12,6% de sua capacidade total até o fim do mês.

Presidente

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (30), que o governo federal “não acredita em racionamento” no Brasil.

Segundo ele, o país foi “obrigado” a decretar uma bandeira acima da vermelha para “pagar a conta” devido à crise hídrica.

“Pedimos a Deus que mande uma chuva para gente, porque a crise hídrica é a maior dos últimos 91 anos. Não acreditamos em racionamento, mas sempre pedimos à população que dá para apagar um ponto de luz aí na sua casa”, disse.

O presidente participava de evento dos mil dia de governo em Belo Horizonte, Minas Gerais, onde sancionou um projeto de lei para o metrô da capital mineira.

Bolsonaro ressaltou que o governo federal “sabe dos problemas” da Represa de Furnas, um dos principais reservatórios da região Sudeste. Furnas é responsável pela geração de 17% de toda a energia elétrica do país e opera hoje com 14% do volume útil. Segundo o presidente, a usina não “tem como atender as pessoas que estão naquela região, pois o curso da água tem que continuar”.

Ainda na entrevista, Bolsonaro avaliou que a situação poderia estar pior caso o governo não agisse assim que assumiu a Presidência.

“O governo trabalha desde 2019, antes da crise, diminuindo o valor das placas solares como solução. Estamos fazendo muito, desde antes da pandemia, e graças a isso — a visão de antecipar problemas — o Brasil não está em uma situação mais complicada do que vive no momento”, concluiu.

Expectativas para o PIB

Durante a entrevista Bolsonaro comentou ainda sobre a situação do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o presidente, o PIB do país “foi bem” em 2020, durante a pandemia, em comparação a outros países.

“Ano passado perdemos 4% do PIB, onde pensavam que seria 10% [de queda]. Países na Europa perderam -10, o Brasil, -4. Fomos bem, dado as situações”, disse.

Na visão do presidente, o governo federal vem trabalhando de maneira integrada, em que “todos conversam entre si para chegar em soluções”.

“O Brasil é o país que menos sofreu economicamente com a pandemia”, afirmou.

O presidente avaliou também que o país ainda “está se saindo bem” no que ele chamou de “pós-pandemia”.

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